domingo, 10 de junho de 2012

Amor aos Mestres- Por André Cozta



Tenho observado bastante, ultimamente, na minha labuta diária na Umbanda Sagrada e na Magia Divina, a forma como muitos irmãos médiuns e magos se relacionam com seus Mestres e Guias Espirituais.
Primeiramente, gostaria de deixar claro que, na minha opinião, estes são termos que, no fim das contas, denominam a mesma função, ou seja, seu Mestre é um Guia e seu Guia é um Mestre.
Podemos considerar Mestre, aquele espírito que acompanha sua jornada evolutiva durante suas várias encarnações, sendo assim, então, o seu Mestre Tutelar Espiritual.
E Guias Espirituais, aqueles que se manifestam nos trabalhos de Umbanda (ou de qualquer outra religião mediúnica que você participe), ou, caso você não seja médium, aqueles que o acompanham em sua jornada aqui no plano material.
Deixo claro que não só os médiuns possuem Mestres e Guias, mas, tão somente, todo o espírito humano vivente neste mundo que nos é visível.
Pergunto: o Mestre Tutelar Espiritual não está lhe conduzindo? Então, é um Guia também. O Guia Espiritual não lhe passa ensinamentos importantes? Então, também é um Mestre.
Concluindo que você concordou comigo, proponho agora, então, que sigamos em frente.
Nas minhas observações referidas no início desse texto, tenho percebido várias formas de relacionamento entre Mestres/Guias Espirituais e seus tutelados ou protegidos encarnados.
Alguns conseguem uma sintonia muito afinada, tendo um diálogo tão claro quanto com aqueles com os quais se relacionam neste nosso mundo material.
Outros, nem tanto, porém, ainda assim, conseguem se beneficiar do direcionamento que lhes é sugerido por estes Senhores e Senhoras da Luz.
Porém, em alguns casos, noto que há um certo desleixo no relacionamento do tutelado para com o espírito que o guia, conduz.
Ora, a boa educação que recebemos nos faz crer que, numa escola, temos no professor a representação humana da sabedoria. Por que, na matéria que leciona, ele é, para nós, a própria, viva, animada.
Eu mesmo, ainda hoje, quando penso em Matemática, lembro-me de uma das minhas tantas professoras nessa matéria da qual nunca gostei muito, por que, ela foi a única que me fez tentar gostar, ao menos, dessa disciplina. Eu sentia prazer em estudar Filosofia, Português, História, Geografia, Inglês e Literatura, apenas.
Porém, ainda assim, eu tinha um enorme respeito por todos os meus professores, em todos os momentos da minha vida estudantil, pois, tinha total ciência e convicção de que estava ali, à minha frente, um mestre. Alguém que se preparou para passar a todos nós, naquela sala de aula, o bem mais precioso que um ser humano pode ter: o conhecimento.
Voltando à relação de médiuns e magos com seus Mestres e Guias Espirituais, noto que alguns irmãos de fé e de jornada, acabam confundindo as coisas e tratando-os de forma até desrespeitosa, em alguns casos.
É claro que você deve ter com aquele espírito que o acompanha uma certa intimidade, mas, nós temos intimidade com nossos avós, por exemplo, e nem assim deixamos de nos dirigir a eles por pronomes de tratamento respeitosos como "senhor” e “senhora’, não é mesmo?
Alguém pode dizer que o simples fato de chamar seu Mestre Tutelar ou seu Guia de “senhor” ou “senhora” não estabelece um respeito real e que o verdadeiro respeito está na atitude, na reverência.
Até concordo com isso, mas, acrescento a este pensamento o seguinte: “Porém, todos nós humanos precisamos sempre exercitar nossos sentidos, nossos sentimentos e nossa forma de relacionamento. Usar ‘senhor’ e ‘senhora’, invariavelmente, nos fará praticar o respeito, amor e reverência que devemos aos nossos Mestres e Guias Espirituais.”
Por que eles e elas são sim espíritos que possuem uma sabedoria muito superior à nossa, estão anos luz à nossa frente na caminhada evolutiva e, ainda assim, se voltam para nós, estendendo-nos suas mãos e propondo que os acompanhemos até que um dia os alcancemos na sabedoria.
Procuram dividir conosco  o que aprenderam, suas vastas experiências enquanto espíritos caminhantes na longa e doce jornada que leva de volta aos Braços do Pai.
Ora, isso já é (tenho certeza que você concorda comigo), motivo mais do que suficiente para que tenhamos por eles muito respeito, amor e reverência.
Falo do mesmo respeito que temos pelo pai, mãe ou um irmão mais velho. O respeito de quem olha no fundo dos olhos com amor, admiração e espera receber de volta um olhar também amoroso e direcionador.
Por isso, para encerrar, deixo aqui para a sua reflexão esta questão: vamos, irmãos de jornada e de fé, repensar nossos relacionamentos com nossos Guias Espirituais, Mestres de Magia e Mestres Tutelares.
E que Deus nos abençoe sempre, para que continuemos trilhando bem nossas jornadas e servindo-O cada vez mais com maior desenvoltura.



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