quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Mago: Seus Elos e Duelos- Por André Cozta


Caminhando, ora sob o sol escaldante, ora sob uma tempestade, ora sob o céu minado de estrelas de uma noite enluarada, ora aquecendo-se à frente da fogueira na madrugada fria, ora deitando-se à grama a fim de curar seus campos vibratórios, ora ingerindo um copo de água para purificar-se e renascer para o restante da sua jornada, ora  elevando um cristal límpido à sua testa, a fim de se reenergizar e se magnetizar, ora usando da energia das pedras para restituir-se por completo, ora pisando descalço na terra, para estabilizar-se e transmutar seu todo espiritual e físico.
Assim o Mago vai criando elos com a Natureza Mãe, manifestadora dos Poderes do Pai Criador. E a cada ligação estabelecida, a cada iniciação absorvida em seu íntimo, em cada trabalho contributivo para a Evolução do Todo, percebe, sutilmente e a cada momento, que não há apenas uma tarefa a ser executada e que sua função na Criação é estratégica, pois é a de trabalhar pela manutenção do equilíbrio Nela.
Se estes elos, estas ligações, o dotam de uma responsabilidade ímpar, então, deve o Mago estar consciente de que a inversão destas polaridades (trocando em miúdos: das suas responsabilidades), criarão “elos invertidos”, ligando-o aos polos negativos da Criação.
E, se até então, trabalhava pela manutenção do equilíbrio, passa, a partir deste momento, a manifestar o vício do desequilíbrio e, consciencialmente desequilibrado, manterá em si a obsessão em destruir tudo o que  é construído pelo Pai Criador.
Se os elos de um Mago podem e devem ser positivos, não devemos fechar os olhos para a possibilidade da negativação dos mesmos.
E é neste ponto que ligamos os elos aos duelos externos, ou seja, à luta diária de um mago para tudo o que, ao seu redor, trabalhará para desequilibrá-lo, cansá-lo, derrubá-lo e fazê-lo desistir da caminhada. É neste ponto que, também, ligamos os elos aos duelos internos, pessoais e íntimos do Mago.
Por que, se há forças externas impeditivas, tentando incansavelmente e o tempo inteiro suprimir este servidor de Deus, há, também e inegavelmente, forças internas trabalhando da mesma forma.
Durante sua longa jornada, o Mago teve em si, altos e baixos. Caminhou sob tempestades, nevascas, mas também sob belas noites estreladas e sob dias de sol brilhante.  E o que parece uma dicotomia, nada mais é do que algo simples de se definir: “caminho evolutivo”.
A Evolução de um Ser Humano e, por consequência, de um Mago, deve ser vista com mais naturalidade e menos sensacionalismo, penso eu!
Costumamos alardear e criticar os supostos erros alheios. Digo “supostos”, por que são sempre ERROS nos outros e pequenas falhas (quando reconhecidas) em nós.
As quedas conscienciais do ser humano, nada mais são do que parte do aprendizado, matéria prevista no programa de ensino da Escola da Vida.
Muitos não compreenderão isto. Podem querer alguns  apedrejar-me, até, mas, é preciso que acordemos para esta realidade, que é a de que todos nós aprendemos e crescemos com os erros e, fundamentalmente, quando quedamos.
Aposto que se nunca caíssemos, com certeza, nunca sairíamos do lugar e, com mais certeza ainda, não teríamos chegado onde estamos agora.
Sim, caros irmãos e irmãs, todos nós já estamos muito distantes do ponto de partida! E ainda estamos bem longe do ponto de chegada!
Fiz esta pequena observação, para que nos coloquemos todos no mesmo ponto, na mesma condição.
Voltando à caminhada do Mago, posso dizer que minhas avaliações e estudos têm me levado a concluir que este, como mais um servidor da Criação (nem mais, nem menos importante do que qualquer outra função serva de Deus), está talhado com as intemperes, com os erros, mas também está preparado (e preparando-se constantemente), para estender a mão a qualquer irmão, ou grupos de irmãos, auxiliando no seu reequilíbrio, quando necessário e contribuindo para seu redirecionamento na caminhada.
Mago não é aquele que aprende algumas fórmulas mágicas ou a manipular elementos.  E sim é aquele que se entrega, de braços abertos, à Deus, à Mãe Natureza, às Divindades Manifestadoras do Todo e aos Mestres condutores e guias das jornadas evolutivas.
É aquele que, quando se entrega, abdica de prazeres e ilusões, pondo-se aos pés do Criador, como seu servo. É aquele que passa pelas iniciações e, a cada uma, sente visivelmente em si, que subiu mais um degrau na escada evolutiva.                                  
Os elos  de um Mago podem, como já citei, fazê-lo duelar contra agentes externos ou internos, impeditivos da sua caminhada. Mas também podem ser Elos com o Alto que o fortalecerão para o duelo contra tudo e todos que se opõem a Ele, o nosso Pai Criador.
E que nós, Magos amparados pela Magia Divina, atinjamos este grau citado no parágrafo anterior.
Que reflitamos sempre, o tempo inteiro, acerca da nossa missão e função. E que nos perguntemos, constantemente: “O que quer de mim, o meu Criador?”
Que Deus abençoe a todos!