terça-feira, 8 de setembro de 2009

O POVO DA RUA



KAWO KABIECILE!!!!

Pratico Umbanda desde que entendo-me como habitante deste planeta (ou deste plano espiritual, nesta atual existência, melhor dizendo), pois, meu pai era dirigente de um terreiro nos fundos da nossa casa, em Porto Alegre.
Sempre percebi o quão é grande o preconceito dos praticantes (adeptos e, inclusive, médiuns iniciados) com relação ao povo de rua (exus, bombogiras e malandros).
Em um terreiro que visitei este ano, durante uma gira de povo de rua, percebi em alguns médiuns da casa que estavam auxiliando/cambonando as entidades em terra, um visível medo da situação, da vibração. O medo era tão grande, que evitavam chegar perto de um determinado exu que lá trabalhava. Este exu, visivelmente, trabalhava na linha da Quimbanda e, estes médiuns, recém iniciados e, como na maioria dos casos, com conhecimento muito escasso e carregados de preconceitos católico-protestantes (até mesmo preconceitos kardecistas, nos caso de algumas pessoas que chegam à Umbanda oriundas desta doutrina) com relação à esta vibração, nem olhavam para esta entidade. Chegar perto dele, então, seria uma obra de ficção.
Ora, toda e qualquer entidade de lei que trabalhe na Umbanda seguirá as leis da mesma, seja na vibração que for (povo de rua, pretos velhos, caboclos, ciganos, crianças). Se não for assim, tenham certeza, há problemas na direção e no direcionamento da casa.
Recomendo o livro "O GUARDIÃO DA MEIA-NOITE", psicografado por Rubens Saraceni, inspirado por Pai Benedito de Aruanda e lançado pela Editora Madras. Este livro desmistifica esta conversa fiada de que os exus são demônios.
Neste livro, pode-se perceber o quanto o povo de rua é valorizado por pretos velhos, caboclos e, até mesmo, pelos Orixás, sendo considerados fundamentais na limpeza e na luta contra o baixo astral.
É preciso deixar claro que, estas entidades, atuam forte e firmemente na nossa proteção, zelam por nós, abrem nossos caminhos e nos livram, muitas vezes, de problemas sérios.
Uma pergunta que (ao menos para mim) nunca calará, é: por que os dirigentes das casas de Umbanda, em muitos casos, sustentam e carimbam este e outros "atestados de ignorância"? Será que, por algum motivo, não querem passar seu conhecimento adiante? Ou será por também possuirem um conhecimento escasso?
O Umbandista precisa estudar. É notório para quem pratica ou frequenta casas de Umbanda, que, muitas vezes, alguns médiuns vestem a roupa, desenvolvem, trabalham e não preocupam-se com o estudo. O médium, nada mais é do que um aparelho dos Orixás e guias de luz. Imaginem, por exemplo, se o computador no qual escrevo este texto não possuísse memória, estivesse infectado por algum vírus e nele não funcionassem as teclas correspondentes às vogais. Será que eu conseguiria transmitir este meu pensamento?
Sendo o médium um aparelho, deve estar preparado para transmiir as mensagens que recebe de seus mentores. E o estudo, dentro desta preparação, é a lapidação.
Que os médiuns procurem livros. Há tanta literatura esclarecedora e de fácil acesso. Aos irmãos/companheiros umbandistas, recomendo que olhem o site do Colégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda (www.colegiodeumbanda.com.br).
Hoje, olhando este site, vi o seguinte anúncio de curso:


MAGIA DIVINA DO ORIXÁ EXU

AOS SÁBADOS, DAS 20h AS 22h
Inscrições: dia 12 de setembro, as 20h. Início do curso: 19 de setembro. Duração: 06 meses- sem restrições, ou seja, não há necessidade de ter frequentado qualquer grau de Magia Divina.


Eis mais uma prova de que não há motivos para termos qualquer tipo de medo ou preconceito com Exu ou com o Povo de Rua.
Espero que esta opinião possa instigar a busca pelo esclarecimento por parte de algumas pessoas no que se refere a este assunto.
Salve a todos os Exus, Bombogiras e Malandros!
Laroiê Exu!


SARAVÁ!!!!

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