segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"PRA ENTENDER O ERÊ."..






















KAWO KABIECILE!!!!

Não podemos deixar passar em branco a data de ontem, 27 de setembro, onde, todos os terreiros, a seu modo, saudaram as crianças, erês, ibejadas, beijis e Cosme & Damião.
Algumas pessoas (até mesmo médiuns, filhos de santo) não têm noção da força que esta vibração possui. Os erês abrem caminhos, "correm gira' e acabam dando àqueles que neles têm fé, muitos bons presentes e muitas conquistas.
Abaixo, 2 textos extraídos de Wikipedia, falando de Cosme e Damião e Ibeji:

"COSME E DAMIÃO (ACTA E PASSIO):

Há relatos que atestam serem originários da Arábia, de uma família nobre de pais cristãos, no século III. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.

Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Diziam "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".

Exerciam a medicina na Síria, em Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro.

Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma exata como morreram. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma.

Foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.

Há várias versões para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma das fontes relata que eram dois irmãos, bons e caridosos, que realizavam milagres e por isso teriam sido amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e de serem inimigos dos deuses romanos.

Segundo outra versão, na primeira tentativa de matá-los, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.

Santos Cosme e Damião realizando um transplante de perna, afresco de Fra Angelico.

Conta-se que eram sempre confiantes em Deus, que oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de "santos pobres".

A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.

Segundo a crença popular apareceram materializados depois de mortos, ajudando crianças que sofriam violências.

Ao gêmeo Acta é atribuído o milagre da levitação e ao gêmeo Passio a tranqüilidade da aceitação do seu martírio. Segundo algumas pesquisa, eles eram medicos e faziam curas e não gostavam de receber dinheiro por suas consultas e nem recebiam oferendas por curarem os enfermos na epoca o rei da Siria

Na mitologia grega, há muito se cultuava esses santos, havendo registros, desde o século V, quando esse culto já estava estabilizado no Mediterrâneo, de cultos que relatam a existência, em seus cultos, de um óleo santo, atribuído a Cosme e Damião, e que tinha o poder de curar doenças e dar filhos às mulheres estéreis.

Alguns grupos concentram seus esforços para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã da lenda dos filhos gêmeos de Zeus, Castor e Pólux. Esta versão é combatida por aqueles que acreditam na real existência dos irmãos, embora a superstição que o povo tem muitas vezes faça supor que haja uma adaptação do costume pagã

O dia de São Cosme e Damião é celebrado também pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá e pelos centros de Umbanda onde são associados aos ibejis, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa "o enfeitado" e Damião, "o popular".

Estas religiões os celebram no dia 27 de setembro, enfeitando seus templos com bandeirolas e alegres desenhos, tendo-se o costume, principalmente, no Rio de Janeiro, de dar às crianças (que lotam as ruas em busca dos agrados) doces e brinquedos.


IBEJIS

Ìbejì ou Ìgbejì - é divindade gêmea da vida, protetor dos gêmeos (twins) na Mitologia Yoruba, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejioko e iká.

Dá-se o nome de Taiwo ao Primeiro gêmeo gerado e o de Kehinde ao último. Os Yorùbás acreditam que era Kehinde quem mandava Taiwo supervisionar o mundo, donde a hipótese de ser aquele o irmão mais velho.

Cada gêmeo é representado por uma imagem. Os Yorùbá colocam alimentos sobre suas imagens para invocar a benevolência de Ìbejì. Os pais de gêmeos costumam fazer sacrifícios a cada oito dias em sua honra.

O animal tradicionalmente associado a Ìbejì é o macaco colobo, um cercopiteco endêmico nas florestas da África subsariana. A espécie em questão é o colobus polykomos, ou "colobo real", que é acompanhado de uma grande mística entre os povos africanos. Eles possuem coloração preta, com detalhes brancos, e pelas manhãs eles ficam acordados em silêncio no alto das árvores, como se estivessem em oração ou contemplação, daí eles serem considerados por vários povos como mensageiros dos deuses, ou tendo a habilidade de escutar os deuses. A mãe colobo quando vai parir, afasta-se do bando e volta apenas no dia seguinte das profundezas da floresta trazendo seu filhote (que nasce totalmente branco) nas costas. O colobo é chamado em Yorùbá de edun oròòkun, e seus filhotes são considerados a reencarnação dos gêmeos que morrem, cujos espíritos são encontrados vagando na floresta e resgatado pelas mães colobos pelo seu comportamento peculiar.

Na África , as crianças representam a certeza da continuidade, por isso os pais consideram seus filhos sua maior riqueza.

A palavra Igbeji que dizer gêmeos. Forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem, respeitando o princípio básico da dualidade.

Contam os Itãs (conjunto de lendas e histórias passados de geração a geração pelos povos africanos), que os Igbejis são filhos paridos por Iansã, mas abandonados por ela, que os jogou nas águas. Foram abraçados e criados por Oxum como se fossem seus próprios filhos. Doravante, os Igbejis passam a ser saudados em rituais específicos de Oxum e, nos grandes sacrifícios dedicados à deusa , também recebem oferendas.

Entre as divindades africanas, Igbeji é o que indica a contradição, os opostos que caminham juntos, a dualidade. Igbeji mostra que todas as coisas, em todas as circunstâncias, têm dois lados e que a justiça só pode ser feita se as duas medidas forem pesadas, se os dois lados forem ouvidos.

Na África, O Igbeji é indispensável em todos os cultos. Merece o mesmo respeito dispensado a qualquer Orixá, sendo cultuado no dia-a-dia. Igbeji não exige grandes coisas, seus pedidos são sempre modestos; o que espera como, todos os Orixás, é ser lembrado e cultuado. O poder de Igbeji jamais pode ser negligenciado, pois o que um orixá faz Igbeji pode desfazer, mas o que um Igbeji faz nenhum outro orixá desfaz. E mais: eles consideram-se os donos da verdade.

Os gêmeos (Ibeji entre os Yorubas e Hoho entre os Fon) são objeto de culto. Não são nem Orixá e nem Vodun, mas o lado extraordinário desses duplos nascimentos é uma prova viva do princípio da dualidade e confirma que existe neles uma parcela do sobrenatural, a qual recai em parte na criança que vem ao mundo depois deles.

Recomenda-se tratar os gêmeos de maneira sempre igual, compartilhando com muita equidade entre os dois tudo o que lhes for oferecido. Quando um deles morre com pouca idade o costume exige que uma estatueta representando o defunto seja esculpida e que a mãe a carregue sempre. Mais tarde, o gêmeo sobrevivente ao chegar à idade adulta cuidará sempre de oferecer à efígie do irmão uma parte daquilo que ele come e bebe. Os gêmeos são, para os pais, uma garantia de sorte e de fortuna.

Ibeji

Existe uma confusão latente entre Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade, confundindo até mesmo como Orixá.

Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião.

Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e brota: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc.

Seus filhos são pessoas com temperamento infantil, jovialmente inconseqüente; nunca deixam de ter dentro de si a criança que já foram. Costumam ser brincalhonas, sorridentes, irrequietas, tudo enfim que se possa associar ao comportamento típico infantil. Muito dependentes nos relacionamentos amorosos e emocionais em geral, podem então revelar-se teimosamente obstinados e possessivos. Ao mesmo tempo, sua leveza perante a vida se revela no seu eterno rosto de criança e no seu modo ágil de se movimentar, sua dificuldade em permanecer muito tempo sentado, extravasando energia.

Podem apresentar bruscas variações de temperamento, e certa tendência a simplificar as coisas, especialmente em termos emocionais, reduzindo, à vezes, o comportamento complexo das pessoas que estão em torno de si a princípios simplistas como "gosta de mim" ou "não gosta de mim". Isso pode fazer com que se magoem e se decepcionem com certa facilidade. Ao mesmo tempo, suas tristezas e sofrimentos tendem a desaparecer com facilidade, sem deixar grandes marcas. Como as crianças em geral, gostam de estar no meio de muita gente, das atividades esportivas, sociais e das festas.

A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece a 27 de setembro, dia de Cosme e Damião, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto a eles como aos freqüentadores dos terreiros.

Ibeji na nação Keto, ou Nvunji nas nações Angola e Congo. É a divindade da brincadeira, da alegria; sua regência está ligada à infância. Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exu, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo.

É a divindade que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. Sua determinação é tomar conta do bebê até a adolescência, independente do orixá que a criança carrega. Ibeji é tudo de bom, belo e puro que existe; uma criança pode nos mostrar seu sorriso, sua alegria, sua felicidade, seu engatinhar, falar, seus olhos brilhantes.

Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o vôo das aves, na beleza e perfume das flores. A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de uma felicidade, de uma travessura e você estará vivendo ou revivendo uma lenda dessa divindade. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu em nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, ele já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.

A palavra Eré vem do yorubá, iré, que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Ere(não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Ere é o intermediário entre o iniciado e o orixá. Durante o ritual de iniciação, o Ere é de suma importância pois, é o Ere que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.

O Ere, na verdade, é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Ere é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Ere conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Ere” é mais influenciado por certos aspectos de sua personalidade, que pelo caráter rígido e convencional atribuído a seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.

Símbolos: 2 bonecos gêmeos, 2 cabacinhas, brinquedos;
Plantas: jasmim, maçã, alecrim, rosa
Dia: domingo e segunda-feira para nações Ketu e Jeju Jexá;
Cor:azul , rosa, verde, mas, na verdade gosta do colorido em si.
Metal: estanho. Seus elementos: fogo, ar.
Saudação:Omi Beijada!.
Domínios: parto e infância. Amor e união.
Comidas: caruru, cocada, cuscuz, frutas doces.
Animais: passarinhos.
Quizilas: morte, assobio.
Características: alegre, otimista, brincalhão, esperto, trabalhador, imaturo, birrento, voraz.
O que faz: ajuda a resolver problemas de crianças, dá harmonia na família, facilita uniões.
Riscos de saúde: alergias, anginas, problemas de nariz, raquitismo, acidentes."

Salve a todos os Erês, Crianças, Beijis, Ibejadas, Crispim, Doum, Cosme e Damião!!!!
SARAVÁ!!!!

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