quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Mestre


Caminhava sozinho naquele campo aberto, mas, tinha a nítida sensação de que estava acompanhado.
Me sentia agoniado, as coisas não andavam bem em minha vida.
Muitos me diziam diversas coisas, recomendavam-me banhos, simpatias, orações.
Algumas vezes até tentei, mas, não conseguia praticar nada daquilo com convicção.
Sempre acreditei em mim, na minha força.
Na minha visão, dependia de mim somente.
Ao final da trilha que seguia naquele campo, comecei a ter a sensação de que me aproximava do sol.
Era como se o sol estivesse descendo ao meu encontro e eu caminhasse ao encontro dele.
E o mais estranho, é que quanto mais eu caminhava, mais do sol eu me aproximava. Seus raios me cegavam, porém, com mais convicção de para onde estava indo eu ficava.
Em um determinado momento, a luz do sol não permitiu que eu enxergasse mais nada à minha frente, porém, continuava a caminhar firme, com força e certeza de que estava indo para o “meu lugar”.
De repente, surgiu de trás dos raios solares um homem.
Vinha com uma roupa belíssima, toda branca, usava um lenço de cor violeta na cabeça, tinha barba grisalha.
Parou à minha frente e sorriu.
Senti uma sensação maravilhosa, que só sentia quando meu falecido pai sorria para mim.
Ele não moveu os lábios para falar, comunicou-se comigo telepaticamente:
“Está espantado?! Não consegue lembrar de mim?! Eu sei... é assim mesmo! E é assim que deve ser.”
Continuei em silêncio. Ele prosseguiu:
“Chegou o momento de você conhecer-se realmente. Saiba que estou aqui para mostrar-lhe o caminho que deve seguir. Você sempre acreditou em si próprio. E não estava completamente errado. Um ser humano que não acredita na sua força não vai a lugar algum, aliás, não sai do lugar. Mas, você nunca esteve sozinho. Todas as vezes que você sentiu-se perdido e não sabia de onde tirar forças, o que acontecia?”
Para meu espanto, respondi a ele telepaticamente:
“Quando eu menos esperava, tirava forças de algum lugar e reagia. Mas, era eu mesmo quem fazia isto, não era?!”
Ele respondeu:
“Com certeza! A força estava dentro de você, só que você não sabia, não conseguia encontrar algo que faz parte de você. Era como se alguém não encontrasse suas próprias mãos, desconhecesse a existência delas. E, invariavelmente, quem sempre mostrava a você o que sempre esteve debaixo do seu nariz... era eu!”
E eu perguntei:
“Mas, quem é o senhor?”
Ao que ele imediatamente, respondeu:
“Eu sou o seu Mestre! Estou ao seu lado, guiando-o há milênios! Nem sempre você me deu ouvidos. Por “obra da coincidência”, todas essas vezes você cometeu erros. Mas, eu  estava junto e sempre o reconduzia de volta ao caminho que não quis trilhar, mas que era o correto.”
“E o que o senhor está fazendo aqui?”- perguntei.
“Vim mostrar-lhe o caminho definitivo, sem volta. A partir de agora, você abraçará o que é a sua missão real. Não serão mais permitidos os recuos de outrora. Deus, Nosso Pai Maior, tem uma grande expectativa, espera muito de você. Seja um incansável soldado D’Ele.”
“E o que devo fazer?”
Ele estendeu-me a mão e disse:
“Venha comigo, siga-me e saberá tudo o que deve fazer!”
Assim o fiz. Sigo o meu Mestre até hoje e testemunho a você, que lê este depoimento, que caminho cada vez mais firme rumo à luz.
Não olho para trás, o que ficou está na memória e me serve de aprendizado.
Desejo que todos os meus irmãos em Deus assim o façam também.
Paz a todos!
Mensagem enviada por Mestre Rhady
Escrita por André Cozta 
Rio de Janeiro, 13 de julho de 2010- 01:04h


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