terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Fábula do Homem na Floresta








 Um homem andava em uma floresta. Ele estava perdido.
 Havia adentrado-a à busca de algo que ele não sabia direito o que era, mas, almejava muito (mesmo sem saber exatamente do que se tratava).
 Rodou por horas lá dentro e, invariavelmente, acabava sempre voltando ao mesmo lugar.
Quanto mais o tempo passava, mais irritado ele ficava, pois não conseguia progredir na busca da “tal coisa” que tanto desejava.
Em dado momento, deparou-se com um elefante. Ficou irritado porque aquele animal estava atravancando o seu caminho.
Mais à frente (após ter conseguido “se livrar” do elefante), encontrou macacos que pulavam das árvores, brincavam com ele. E ele, novamente, ficou irritado.
Livrou-se dos macacos.
Áquela altura, já estava possesso. Encontrou uma cobra no caminho.
Ela não queria deixá-lo passar. Conversou com ele e até conseguiu convencê-lo de que ela sabia o que ele realmente queria e que, se ele permitisse que ela se enrolasse em seu pescoço, teria como levá-lo até seu objetivo.
Cansado, confuso e sem saber direito para onde ir, acabou concordando.
Durante o trajeto, por vários momentos (sem que ele percebesse), a cobra ameaçou picar seu pescoço.
Até que, num determinado ponto da floresta, próximo a um lago, depararam-se com o Leão.
Antes que ele se manifestasse, a cobra disse:
- Meu Rei, trouxe-lhe esta presa! Ia ficar com ela para mim, mas, lembrei que poderia negociar a troca dela por todos os sapos da floresta.
O Leão, que era Rei porque era sábio, disse:
- Eu sou o Rei aqui! Não vou negociar com você!
A cobra desvencilhou-se do pescoço do homem e foi embora.
- O que você faz em meu Reino, homem?
- Estou à procura de... (pensou e silenciou)
- De quê?
- Não sei ao certo.- respondeu o homem.
- Então, dê meia volta e vá embora pelo mesmo caminho que veio.
Quando o homem virou-se, o Leão disse:
- E não se esqueça, da próxima vez, de pedir permissão para entrar. Você ficou irritado por que o elefante, os macacos estavam em seu caminho. Mas esqueceu-se de atentar que você entrou em casa alheia e atravessou o caminho deles.
O homem foi embora e não mais voltou àquela floresta.
 
Mensagem Enviada por Pai Cipriano do Cruzeiro das Almas
Escrita por André Cozta
Rio de Janeiro, 03 de julho de 2010- 01:06h

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