Muitas vezes, as pessoas se pegam questionando manifestações
mediúnicas alheias, ou, até suas próprias, em alguns casos.
O ser encarnado que serve de mediador das manifestações
protagonizadas pelos trabalhadores espirituais é de extrema importância neste
processo, pois, sem ele, a comunicação entre as duas realidades não seria
viável.
Por isso, nós, os guias espirituais de Lei, procuramos
preservar ao máximo a integridade dos nossos aparelhos, pois, só assim
conseguimos o êxito por nós desejado e tão necessário para o sucesso do
trabalho.
Concentrar-se, voltar-se para o seu íntimo, promover uma
conexão afinada e sadia com o guia espiritual em questão, é fundamental para
que o trabalho flua a contento.
Faz-se necessário que o médium preocupe-se mais com o seu
trabalho e menos com o que os seus irmãos estão realizando.
Se assim ocorrer, a corrente mediúnica estará fortalecida e
poderá praticar a caridade, que é o objetivo central das tendas de Umbanda, de
forma plena.
Mediunidade também pode ser definida como o ápice do
trabalho religioso na Umbanda. Esta religião tem na manifestação dos guias
espirituais, através da incorporação, sua mola mestra, por que assim desejam os
Sagrados Orixás, mentores desta religião, assim tem sido executado pelos
Mestres Maiores, sustentadores da religião.
Pensar em Umbanda é pensar em manifestação mediúnica, por
que, é através desta faculdade inerente ao ser humano que ela se baseia, para a
manifestação de Orixás e guias de Lei, trabalhadores espirituais desta
doutrina.
Aquele que não reconhecer a manifestação mediúnica como
central e fundamental na religião umbandista, estará completamente equivocado
com relação a ela, como alguém que olha para um cacho de uvas e vê bananas.
Portanto, resolvi introduzir esta aula com estas palavras, a
fim de provocar questionamentos, para que você, aluno neste curso, reflita.
Onde está a mediunidade? Como ela atua na sua vida?
As intuições recebidas, muitas vezes de forma despercebida
por algumas pessoas, são o ponto de partida da manifestação mediúnica.
E assim, levam os seres, muitas vezes, a enxergarem
antecipadamente situações que, rapidamente, se colocam á sua frente.
Eu, um Preto Velho de Umbanda, manifestador de um Mistério
Espiritual Humano, denominado para aqueles que me conhecem, como Pai Thomé do
Congo, faço questão de colocar aqui, alguns questionamentos, como "pulgas" atrás
das orelhas destes alunos que buscam no conhecimento religioso, a porta para a
libertação e expansão dos seus mentais.
É necessário que conheçam bem vossas mediunidades. E, para
isso, é ainda mais necessário que se conheçam bem intimamente.
Espero que minhas palavras sirvam para vossa reflexão e
também vos incentivem a buscar mais e mais o aprendizado, dando o primeiro
passo a partir do auto-conhecimento.
Que a paz do Sagrado Pai Oxalá esteja convosco!
Mensagem Ditada por Pai Thomé do Congo
Anotada por André Cozta
Rio de Janeiro- 05 de
novembro de 2012- 00:39h
O Trabalho Mediúnico
Por André Cozta
Segundo o Dicionário Michaelis
médium
mé.dium
sm (lat mediu) Espir Pessoa capaz de estabelecer relações entre o mundo visível e o mundo invisível; pessoa que, segundo os espíritas, pode servir de intermediário entre os vivos e os espíritos dos mortos.
mé.dium
sm (lat mediu) Espir Pessoa capaz de estabelecer relações entre o mundo visível e o mundo invisível; pessoa que, segundo os espíritas, pode servir de intermediário entre os vivos e os espíritos dos mortos.
Esta capacidade é resultado da “graduação” adquirida pelo ser ao longo
da sua jornada evolutiva.
Portanto, esta faculdade, que é um dom, se manifestará em graus e níveis
diferentes em cada pessoa, justamente, por que cada um, em sua jornada,
transitou de modo diferente por sua senda evolutiva.
Porém, isso não faz deste ou daquele mais ou menos gabaritado neste
sentido. De forma alguma!
Ninguém é “mais” ou “menos” médium do que o outro.
Muitas vezes, aquele que “se apresenta” com tantos dons, pouco olha para
seu próprio interior e menos ainda, consegue enxergar suas limitações.
Por que, invariavelmente, crescemos, quando conhecemos os nossos
limites.
E será conhecendo nossas limitações que saberemos o que está melhor desenvolvido
e o que precisa ainda ser desenvolvido em nós.
E isso não quer dizer que todos,
a partir de agora, devemos correr atrás do desenvolvimento de todas as
faculdades mediúnicas.
Se tivermos uma apenas, bem trabalhada, tenha certeza, será útil para
nós e para os nossos semelhantes. E serviremos a Deus de forma satisfatória.
O médium de Umbanda deve sempre estar atento para o que ocorre à sua
volta. Apurar sua intuição e afinar a sintonia com seus guias espirituais
permitirá que perceba as necessidades daqueles que o procuram e do todo ao seu
redor.
Com esta percepção aguçada, com o raciocínio bem desenvolvido, o médium
umbandista manifestará naturalmente seus guias espirituais nos trabalhos e
poderá usufruir de suas forças, assim como, também, dos Poderes Divinos, que
são, em si, os Sagrados Orixás.
Trabalho mediúnico é sinônimo de serviço, ou, melhor dizendo, de servir
à Deus. A labuta do médium de Umbanda é a caridade, sempre com o único e
simples objetivo de contribuir para a evolução do Todo.
Evolução através da Fé. Este deve ser o objetivo maior e incansável do
médium umbandista.
Evolução através da Fé, necessária a partir do Amor, mas também do
Conhecimento, com Equilíbrio, Ordenação e Geração.
Com isto em mente, manifestando naturalmente em seu trabalho os Sete
Sentidos Vitais e Capitais, o médium umbandista estará trilhando corretamente
sua senda, cumprindo de forma plena sua missão.
É bem menos complexo do que muitos imaginam.
E assim deve ser sempre, pois, fé, amor, conhecimento, justiça, lei,
evolução, geração, com o ingrediente fundamental da humildade, levarão
ao mundo inteiro, incansavelmente, a bandeira de Oxalá.
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