sexta-feira, 2 de março de 2012

A MANIFESTAÇÃO DOS DONS MEDIÚNICOS NA UMBANDA- Por André Cozta

Que a mediunidade é tão antiga quanto a humanidade, todos sabemos.

As manifestações de dons mediúnicos, ocorrem, invariavelmente, pelos quatro cantos deste nosso amado planeta, fazendo parte sempre do nosso cotidiano ou, ao menos, próximo a nós, por intermédio de alguém que conhecemos.

Podemos criticar, podemos até querer usufruir deste dom (seja nosso ou de terceiros). Mas, como todas aquelas coisas que são corriqueiras no nosso dia a dia, acabamos não parando para pensar sobre as causas e as consequências deste tipo de manifestação. Por que ela existe? Para quê serve?

Adentrando no universo umbandista, que é a “parte que nos cabe neste latifúndio”, sempre percebemos nos terreiros da nossa religião que, qualquer pessoa que por lá chegue manifestando sua mediunidade é lançada para os médiuns e é, literalmente, sacudida.

Faz-se de tudo para que ela incorpore, receba, manifeste seus Orixás e guias espirituais.

É verdade que a Umbanda acolhe a todos aqueles que são discriminados em outras religiões, quando manifestam seus dons mediúnicos (principalmente da incorporação, que é, sem dúvida, o mais comum às pessoas), recebendo-os, confortando-os e criando (sempre dentro das possibilidades da casa em questão) as condições necessárias para que aquele médium manifeste esta sua faculdade e a desenvolva plenamente.

Porém, se por um lado, nossa amada Umbanda abre as portas, sem preconceitos, para as manifestações mediúnicas daqueles que a procuram (ao contrário de outras religiões que, ou não aceitam nenhum tipo de manifestação deste tipo, ou, de modo segregador, acabam por classificar certas manifestações como de espíritos atrasados), por outro, há uma “cartilha umbandista” que determina a todos que a um terreiro adentrem, que manifestem seus dons mediúnicos através da incorporação.

Proponho uma reflexão: Imagine se você, que procura um centro de Umbanda, na busca de paz espiritual, de auxílio mesmo neste sentido, chegasse em um ambiente onde há, ao mesmo tempo, alguns médiuns incorporados com seus guias espirituais, outro médium atendendo através de manifestação psicofônica sem incorporação (ou seja, um espírito guia falando ao seu ouvido ou mental), um outro médium trabalhando com terapia de cura (sem incorporação) e um outro médium atendendo casos de desobsessão. Você não sentiria mais firmeza nesta casa, do que simplesmente se lá chegasse e tivesse de escolher um guia espiritual para consultar?

Reflita sobre isto!

Muitos irmãos umbandistas me criticarão, dizendo que não é assim que a Umbanda funciona, que estou querendo inventar, misturar.

Pois, digo: não quero inventar nada! Apenas, penso que tudo no mundo deve andar para a frente. E com a nossa religião não deve ser diferente.

Vamos pensar sobre esta questão, afinal, o médium deve manifestar sua mediunidade através do canal por onde ela flui melhor.

Sendo assim, não teremos nos terreiros, tantos médiuns travados com seus guias, levando anos para adquirir uma mínima evolução mediúnica.

Deixo aqui meu abraço fraterno a todos os irmãos e irmãs!

Saravá Umbanda Sagrada!

4 comentários:

  1. Irmão Andre adorei a sua escrita convivi com isso a pouco consulentes escolhendo este ou aquele mas...que a luz do nosso pai Oxala que comanda o execito da amada Umbanda te acrescente cada vez mais sua luz tanto na escrita seguida das intuições como no nooso plano terreno.
    Nada ofende quem Oxala defende.
    Nilcelia Tocaceli ncjimenes@yahoo.com.br

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  2. Sou praticante de Umbanda ha 4 anos e nunca foi tão esclarecedora esplicação do Nobre irmão de Luz. A evolução é necessaria assim como o estudo aprofundado dos fundamentos da mediunidade para melhor qualidade de trabalho no exercício lindo da caridade! Oke Aro Oke Cabocla!

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  3. Sou praticante de Umbanda ha 4 anos e nunca foi tão esclarecedora esplicação do Nobre irmão de Luz. A evolução é necessaria assim como o estudo aprofundado dos fundamentos da mediunidade para melhor qualidade de trabalho no exercício lindo da caridade! Oke Aro Oke Cabocla!

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