sábado, 24 de outubro de 2009

À UM AMIGO (E À TANTOS OUTROS QUE NÃO CONHECI)



KAWO KABIECILE!!!!


Para
recuperamos a dignidade, para termos amor ao próximo, precisamos recuperar o amor próprio.
Tudo o que vimos na mídia esta semana (guerra nas favelas do Rio, mas, principalmente, as violentas mortes que chocaram a todos) é fruto da podridão da nossa sociedade.
Quando um irmão mata o outro com uma ou duas marretadas, ouvimos todo o tipo de comentário. Mas, o que leva um ser humano a fazer isto? Quando alguém leva um tiro e é vítima de omissão de socorro por parte do Estado (a polícia é o Estado na rua), também ouvimos todos os comentários imagináveis.
Mas, por que chegamos a este ponto? O que está nos embrutecendo? Onde está o "nosso coração"? Nâo precisas me responder, responde à tua consciência.
Este blog é do meu Pai, eu apenas o modero e, por isto, procuro sempre escrever além do pessoal, procuro sempre escrever sobre o "sentimento geral" e não sobre o meu sentimento. Mas, desta vez eu não estou conseguindo e, com a permissão do dono deste Blog, segue o desabafo:
Desde que entendo-me como habitante deste mundo, vejo cenas de violência na televisão, sempre fiquei chocado. Mas, desta vez, ver um amigo sendo assassinado e tendo socorro omitido pela polícia, foi demais!!!!
A Carta Magna de nosso país, a Constituição da República Federativa do Brasil, garante-nos o direito de ir e vir (clap, clap, clap, clap, clap, clap, clap... um milhão de aplausos!), mas, não nos garante segurança na ida e muito menos na vinda. Então, acuemos, fiquemos em casa. Esta é a solução? Não saiamos mais à rua, afinal, parafraseando Herbert Vianna: "A polícia apresenta suas armas, escudos transparentes, cassetetes, capacetes reluzentes e a determinação de manter tudo em seu lugar". E eu pergunto: em qual lugar mesmo, cara pálida?
Coincidência ou não, esta música chama-se SELVAGEM.
Ao contrário do braço armado do Estado, nossa única arma é o grito. E não devemos ter medo, vamos gritar até gastar nossas vozes. Não dá pra ficar deste jeito! Precisamos de respeito e, acima de tudo, educação. Só a educação pública de qualidade (por que nunca a tivemos de fato neste país de Olimpíadas e Copa do Mundo) fará uma sociedade melhor no futuro, a curará de todas as mazelas. Por que, neste momento, não tem jeito, para melhorarmos algo, devemos recorrer aos curativos. E o grito, agora, é o mais eficaz. Paralelo ao curativo, em doses homeopáticas, devemos aplicar o remédio: educação de verdade para nossas crianças.
Este blog é do Orixá da Justiça. Então, gritemos por JUSTIÇA!!!!... que vai além de punir os policiais, prender os assassinos de Evandro e Caio. Ela será plena quando pudermos andar na rua com tranquilidade.
Ao meu amigo Evandro João: obrigado por teres feito parte da minha vida. "Véio", foi um privilégio para mim ter convivido contigo. Talvez, nem tenhas te apercebido, mas, entre tantos momentos na Lapa (ah... a nossa Lapa!), tuas palavras me aliviaram, teu sorriso trocou a angústia que eu sentia por momentos de alegria. Obrigado por teres sido o ombro amigo na hora do choro, quando eu achava que nada mais daria certo.
Parabéns, meu "véio", pela linda missão que cumpriste neste plano, como ser humano, amigo de todos e como soldado do AfroReggae! Sei que em breve, estarás trabalhando, como sempre, para ajudar aos que precisam. Fica em paz, pois, nós continuaremos tentando a paz por aqui. Até a próxima.

SARAVÁ!!!!


**** Abaixo, texto de nossa amiga Sandra Oliveira, que também está fazendo de tudo para amenizar sua dor.

UM ATÉ BREVE


É com pesar que meu coração fala.
É com tristeza que minha alma se emociona.
Vejo que impossíveis acontecem de maneiras diversas todos os dias.
E neste momento não consigo identificar ao certo o que aconteceu. Tudo parece escapar de minha ínfima compreensão.
Rascunho palavras para expressar algo. E um misto de tristeza, indignação, agonia e dor toma conta de mim.
Meu lamento não adianta em nada, não faz mágica nem conta pontos para trazer tudo de volta. Sentimento medíocre este, sem efeito nem valor algum. O que tem valor é o que ficou; a alegria, os sorrisos, as falas, palavras e memórias.
Meu choro nunca foi tão intenso e reservado, acho que está calejado de tanta tristeza, quer chorar agora só alegrias.
Neste exato momento, uma lembrança maior brindou meus pensamentos e elevou minha mente ao cume de um monte de consolo e paz, de onde tenho a certeza de que foi de lá que ouvi sua voz convidando-nos à ficar perto do seu coração, que sempre esteve cheio de compreensão e luz.
Grande beijo IRMÃO e até breve!

Sandra Oliveira

sábado, 17 de outubro de 2009

MIKAEL- Parte 2... * Por André Cozta

No dia seguinte, Mikael não conseguiu parar de pensar naquela noite. Aquela visão nos Arcos da Lapa, aquele sonho... por que isto estava acontecendo com ele? Sempre foi agnóstico. Sempre respeitou as crenças populares, as religiões, mas, sempre analisou-as de forma sociológica e, até mesmo, antropológica, nada além disso. Nunca rezou, sempre pensou depender de si próprio para conseguir tudo o que almejou na vida, sempre achou que conseguiria tudo andando com suas próprias pernas. Nunca entendeu porque as pessoas apegavam-se ao invisível. Para ele, a solução para tudo estava dentro de cada um.
E agora, contrariando tudo em que sempre acreditou, na mesma noite, viu um anjo voando em plena Lapa e sonhou com ele em seguida. Pensou: "- Só posso estar ficando maluco, não há outra explicação para isto." Continuou refletindo, a noite caiu. Concluiu: "- Vou procurar por Andrea, ela, com certeza, pode ajudar-me."
Andrea, psicóloga, amiga de Mikael desde sua chegada ao Brasil, foi colega dele em seu primeiro trabalho na Cidade Maravilhosa.
Naquela noite, Mikael dormiu um sono profundo. Acordou no dia seguinte, tomou seu habitual café da manhã com suco de laranja e frutas. Após a refeição, pegou seu celular e ligou para Andrea.
- Alô... Andrea?!
- Não acredito!!!!!!! Meu francesinho, por onde você andava? Quanto tempo?
- Tenho andado muito atarefado. Andrea, preciso conversar com você, aconteceram coisas estranhas comigo. Na noite passada...
Andrea o interrompeu:
- Querido, venha até meu consultório hoje após o almoço, estou com um horário livre e posso atender você, podemos conversar à vontade.
- Obrigado, Andrea, estarei aí.
À tarde, Mikael foi recebido por Andrea, que o aguardava sozinha no consultório. Ela deu um longo e afetuoso abraço no amigo e disse:
- Meu querido, quanto tempo?! Mais de um ano sem te ver! Ai, que coisa boa estar aqui contigo!
- É verdade, Andrea. Muitas vezes, nos distanciamos dos amigos sem perceber.
- Mas, me conte Mikael, o que está incomodando você? Está com um ar de assustado.
- Andrea, na noite passada, andando pela Lapa, vi um anjo... um anjo negro sobrevoar os Arcos. Mais tarde, sonhei com este anjo, em uma praia, olhando-me. Seu olhar era intrigante e, ao mesmo tempo, fazia sentir-me como sentia-me quando criança, aprontava alguma e meu pai olhava-me repreendendo-me.
Andrea, sentada à frente de Mikael, de braços cruzados, sorriu e disse:
- Mikael, meu querido amigo, em poucas palavras: você está muito solitário e, por isso, tem-se voltado para seu interior. Sei que você é um homem caseiro, que não gosta muito de ficar na rua, mas, você precisa sair mais, distrair-se, conhecer gente nova, conhecer meninas...
- Andrea, eu sempre gostei de viver assim. É verdade que, depois da morte de minha mãe, fiquei muito sozinho no mundo. Mesmo morando aqui no Rio há quase 10 anos, ainda sou sozinho, vivo sozinho na maior parte do tempo.
- Você precisa de companhia Mikael, você precisa dividir sua vida com alguém.
- É (Mikael está cabisbaixo)... Andrea, talvez você tenha mesmo razão.
Ele levantou a cabeça, olhou para Andrea e disse:
- Vou pensar seriamente no que você me falou. Acho que é hora de mudar de atitude, mesmo.
- Conte comigo, francesinho, sempre que precisar.
Mikael sorriu e disse:
- Eu sei disso. Muito obrigado por tudo.
- Não há o que agradecer, Mikael, amigos são amigos. E, por serem amigos, estarão perto de nós sempre que precisarmos.
Mikael sorriu, levantou-se, Andrea também. Eles abraçaram-se, Andrea o acompanhou até a porta do consultório. Mikael beijou a face de Andrea e disse:
- Tchau, Andrea!
- Até mais, Mikael!
Mikael, andando pela rua sem destino, começou a pensar novamente em tudo. Andrea era sua amiga do coração, mas, agora, tinha mais questionamentos. Chegou em casa, ligou para alguns amigos, viu emails, conversou com algumas pessoas por um chat. Foi tomar banho.
Já era noite, após o banho, Mikael ligou a tv de seu quarto, deitou-se e começou a zapear, procurando algum programa para passar o tempo. Sentiu sono e cochilou.
A janela de seu quarto estava aberta. A noite era quente, mas, de repente, um vento rápido e forte levantou a cortina e um raio de luz adentrou o quarto de Mikael. Numa fração de segundo, a luz tomou forma humana... de anjo. O Anjo Negro estava, naquele momento, ao lado de Mikael, observando-o dormir.
O Anjo passou a mão direita sobre os olhos de Mikael, que acordou instantaneamente. Ele ficou estático, paralisado, sem saber o que fazer. O Anjo estendeu a mão direita, pegou na mão de Mikael, que continou paralisado, olhando para aquele Anjo Negro. O Anjo disse:
- Venha comigo...

Continua...
KAWO KABIECILE!!!!

Viva as Olimpíadas no Brasil! Viva as Olimpíadas no Rio!
Abaixo, texto do companheiro Luiz Carlos Gá, saudando mais esta conquista do nosso país.


SARAVÁ!!!!

PREFEITURA DO RIO RACISTA????

















Me nego a acreditar que nosso prefeito Eduardo Paes tenha autorizado ou mesmo visto a homenagem à conquista das olimpíadas de 2016, estampada na fachada principal da sede da prefeitura (veja fotos que acompanham este texto).
A ternura com que o nosso querido prefeito tem com a população negra no contato de rua não condiz com esta atitude racista.
Prefiro atribuir essa coisa vergonhosa, financiada também com o dinheiro da população negra dessa Cidade, ao racismo incorporado no inconsciente de alguns publicitários, que, como sempre, usam a estratégia de disfarçar o seu racismo, oferecendo alguma consolação, como é o caso dos banners bem menores fixados nos pontos de ônibus.
Tenho certeza que após essa denúncia, o nosso prefeito vai mandar corrigir essa imprudência, e como colaboração, sugiro que se mantenha essa justa homenagem com uma criança negra, uma branca e uma índia. A rigor deveria ser duas negras, uma índia e uma branca, afinal nós negros somos maioria, mas já vi que o espaço não comporta quatro crianças. Sugiro também que suspenda imediatamente o contrato com essa agência de publicidade, que exonere o secretário responsável pela aprovação dessa campanha, e que, em nome da decência, solte uma nota pedindo desculpas a população da Cidade Maravilhosa, é o mínimo que se pode fazer pelo seus eleitores e pela população como um todo.
Peço a negrada consciente da nossa Cidade que se manifeste de alguma forma.
ALÔ COMDEDINE!!! ALÔ CEDINE!!! ALÔ SECRETARIAS E/OU PROGRAMAS MUNICIPAIS E/OU ESTADUAIS ENCARREGADOS DE DEFENDER O DIREITO DO NEGRO E/OU DIREITOS HUMANOS!!!
ACORDA CRIOULO!!!
DIVULGUE NEGRADINHA!!!
Luiz Carlos Gá

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

INTOLERÂNCIA

"15.10.2009 | 08h44
Gazetaweb- com Adelaide Nogueira e Dulce Melo
Representantes de terreiros e PM se reúnem com MP
Discussão será em torno da apreensão de tambores em terreiros

Representantes de terreiros de Maceió e da Polícia Militar (PM) se
reúnem na manhã desta quinta-feira (15) na sede do Ministério Público
(MP), no bairro Poço, em Maceió, para discutirem a apreensão de
tambores durante operação militar.
A manifestação´dos adeptos do Candomblé é em decorrência de uma ação
ocorrida em meio a uma sessão, após denúncia de perturbação de sossego
feita por vizinhos ao Centro Integrado de Operações da Defesa Social
(Ciods)."



KAWO KABIECILE!!!!


Vamos parar com isto!!!!!!!
Não dá pra aceitar este tipo de preconceito, esta intolerância! Alguém, por um acaso, já viu algum morador em qualquer lugar do Brasil reclamar da procissão em louvor a qualquer santo católico que passa pela porta da sua casa de manhã, muitas vezes, com alguém cantando de forma por demais desafinada? Alguém, por um acaso, já reclamou dos gritos do pastor evangélico que perturbam o sono de muitos?
O Candomblé e a Umbanda, são tão legítimos quanto qualquer outra religião praticada no Brasil. Não entrarei no mérito de que estão entranhadas na nossa cultura. Apenas direi que eles devem ter o mesmo tratamento das doutrinas "oficialescas".
Não me prolongarei, por que, este tipo de atitude me irrita.

SARAVÁ!!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

OFENSA RACISTA

Engenheiro é acusado de ofensa racista

Folha de S.Paulo

Um engenheiro de 59 anos foi preso ontem em flagrante, acusado de ofender com frases racistas o segurança de uma escola de ensino infantil na zona sul de São Paulo.

Alexandre Semenoff, morador do Campo Belo (zona sul de SP), foi indiciado sob suspeita de injúria racial, cuja pena varia de um a três anos de reclusão. O engenheiro passaria a noite na cadeia. Ele tentará obter hoje na Justiça liberdade provisória.

Segundo o segurança Délcio Gonçalves, 53 anos, e duas testemunhas que o acompanharam até a delegacia, Semenoff começou a xingar funcionários da escola particular Núcleo Querubim no final da manhã de ontem. O engenheiro é vizinho do colégio e frequentemente reclama do barulho das crianças.

Minutos depois, Semenoff saiu para passear com seu cão e passou em frente à escola. "Aí ele xingou de novo. Perguntei qual era o problema e ele disse: 'Sai daqui porque com preto eu não converso'", disse o segurança, segundo o qual ofensas do engenheiro são frequentes.

Funcionários de uma imobiliária vizinha da escola chamaram a polícia. O soldado Daniel Gonzaga Costa, 37 anos, resolveu levar Semenoff à delegacia. "É lamentável que em pleno século 21 ainda ocorra esse tipo de situação", afirmou Costa.

Procurado, o advogado do engenheiro, Leonardo Watermann, disse apenas que, segundo seu cliente, "foi tudo um mal-entendido".

Como o caso de ontem é de crime de injúria racial --e não de crime de racismo, que envolve, por exemplo, deixar de contratar ou despedir alguém por causa de sua cor--, cabe agora ao segurança decidir se abre ações criminal e civil contra o acusado.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

RECOMENDAÇÃO


KAWO KABIECILE!!!!

Passamos por aqui agora a fim de recomendar dois blogs: Jeito Baiano (www.jeitobaiano.wordpress.com), já recomendado anteriormente e MUNDO AFRO (www.mundoafro.atarde.com.br).
São interessantíssimo e valem a pena.


SARAVÁ!!!!
KAWO KABIECILE!!!!

Hoje, reproduzimos texto postado no Blog Jeito Baiano (www.jeitobaiano.wordpress.com)


SARAVÁ!!!!

ROÇA DO VENTURA: À ESPERA DO TOMBAMENTO


Fazenda Ventura, onde funciona o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde. Foto: MARCO AURÉLIO MARTINS | Agência A Tarde 8.12.2008

Fazenda Ventura, onde funciona o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde. Foto: MARCO AURÉLIO MARTINS | Agência A Tarde 8.12.2008


Por Marlon Marcos

A cidade de Cachoeira da Bahia, uma das mais bonitas deste País, salvaguarda em si grande parte da memória e presença religiosa de origem africana. Em sua paisagem privilegiada, banhada pelo Rio Paraguaçu, existem templos de candomblé que são monumentos históricos inaugurais desta religião negra no Brasil.

Um dos mais antigos e importantes clama por seu tombamento e pede às autoridades responsáveis que se adiantem numa ação de reconstrução, restauração, preservação e dignificação física, já que a chamada Roça do Ventura, ou ilustremente, o Zogbodo Male Bogun Seja Unde, o modelar terreiro de nação jeje-mahi, é de suma importância para continuar uma tradição de ensinamentos seculares.

O pedido de tombamento foi encaminhado ao Iphan, à sua 7ª Superintendência Regional, na Bahia, aos cuidados de Carlos Amorim, em 20 de dezembro de 2008, em nome de dona Alaíde Augusta da Conceição, a veneranda vodunce Alaíde de Oyá.

Nos últimos meses, as matas daquela casa sofreram um incêndio que por pouco não devastou o templo; ainda assim, agravou as suas condições físicas e mais do que de laudos antropológicos e da caridade de qualquer espécie, aquela “roça dos voduns” conclama os preservadores instituídos neste Estado a resolverem uma questão socioantropológica de alta relevância para um povo, no caso o baiano, que tem nas religiões de matriz africana esteio civilizatório.

Esta luta está sendo empreendida por patrimônios humanos, nela estão os ogãs Boboso com 103 anos, e Bernardino com 101, além das vodunces Alda e Alaíde de Oyá, a primeira funciona como uma espécie de guardiã, até que se defina a escolha de uma nova gaiaku, o que seria a ialorixá para o povo de ketu.

Também à frente desta ação de resistência e movimento estão o historiador Marcus Alessandro, que é ogã desta casa, a vodunce Dinalva e a ekedy mais antiga, Romilda; os ogãs Buda e Vando também lutam e representam a renovação daquele candomblé.

Recebendo também apoio direto da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), na figura de Luiza Bairros, e dos cidadãos responsáveis pela preservação de nossa cultura, juntos pedimos: tombem o Seja Unde!

Reunião na casa do Ogã Boboso, em Cachoeira, para discutir a situação da Roça do Ventura: da esquerda para a direita, Ogã Boboso (Ambrósio Bispo Conceição), Vodunsi Alda dos Santos Menezes da Silva, Ogã Bernardino Pereira dos Santos e a Vodunsi Alaide Augusta da Conceição. Foto: MARCO AURÉLIO MARTINS | Agência A Tarde 8.12.2008

Reunião na casa do ogã Boboso, em Cachoeira, para discutir a situação da Roça do Ventura: da esquerda para a direita, ogã Boboso (Ambrósio Bispo Conceição), vodunsi Alda dos Santos Menezes da Silva, ogã Bernardino Pereira dos Santos e a vodunsi Alaide Augusta da Conceição. Foto: MARCO AURÉLIO MARTINS | Agência A Tarde 8.12.2008

sábado, 10 de outubro de 2009

RIO DE MUANE


Lundu, samba e capoeira para contar a história da escrava Muane, no Rio de Janeiro do Século XIX. A diretora Denise Zenícola lançou mão de vários elementos da cultura e de religiões de matriz africana A estética afro-brasileira de Rio de Muane, por exemplo, é um convite à intervenção de capoeiristas e percussionistas no cenário urbano carioca. Já o samba, por seu turno, abre alas para os pregoeiros que revestem as reflexões críticas da escrava Muane de uma sedutora beleza plástica.
Provocante, a diretora propõe um diálogo, ora conivente, ora contrastante com a aridez do livro Cidade dos Sábios, de Luís Antônio Baptista. Rio de Muane é uma adaptação músico-teatral do texto de Baptista. Enquanto o escritor exuma as atrocidades do regime escravocata, a dramaturga trilha pela leveza musical sem perder, no entanto, o foco nas mazelas sociais do Rio de Janeiro do Século XIX. Ela não poupa o espectador da reconstituição da Cidade dos Tigres (Muane era Tigre. E Tigres eram os escravos que circulavam pelas ruas do Rio de Janeiro transportando excrementos humanos e lançavam os dejetos ao mar). A versão de Zenícola encontra nos cânticos afros, no lundu e no samba as soluções para caracterizar os vários períodos históricos pelos quais atravessa o espetáculo.
Ácida, agressiva e guerreira, Muane canta e dança nas rodas de lundu, samba e capoeira para minimizar um doloroso cotidiano. Por esta razão, as cenas de dança de capoeira e dos pregoreiros permitem que o espectador respire enquanto repensa a História do Brasil. A ginga da Lapa está inteira na peça Rio de Muane.

APRESENTAÇÕES:

- Cia de Teatro Contemporâneo: 03, 04, 10, 11, 17, 18, 24 e 25 de outubro. Rua Conde de Irajá, 253/Botafogo- Fone: 2537-5204/ Sábados as 21h e Domingos às 20h. Ingresso: R$ 30,00

- Teatro da UniRio: 23 de outubro- 19h/ Rua Pasteur, 436- Fone: 2295-2592

* Informações e imagens cedidas pelo Sr. Mauro Vian (JIMP Assessoria de Imprensa/ 8648-4736

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MIKAEL- PARTE 1... * Por André Cozta

Andando pelo centro do Rio de Janeiro, Mikael percebeu a beleza daquelas construções. Na Avenida Rio Branco, próximo à Cinelândia, parou e ficou observando a Biblioteca Nacional, o Teatro Municipal, a Câmara de Vereadores e o Cine Odeon.
Pensou:
"- Por que estes prédios, tão belos, que carregam em si a beleza e a história do Rio e do Brasil, são tão mal conservados? Por que fazemos tão pouco caso da nossa própria história, da nossa própria identidade?"
Andou mais um pouco e, ao atravessar a Rua Evaristo da Veiga e chegar à Lapa, visualizou os Arcos. Parou, por alguns instantes, ficou ali, na esquina daquela rua, olhando para aquele monumento, aquele cartão postal e pensou:
" - Acho que o Brasil tem vergonha de si próprio. O tratamento que é dado a estas construções históricas, o tratamento que damos ao centro da cidade e à Lapa, é o tratamento que sempre demos ao nosso povo. Se discriminamos nossos próprios irmãos, por conta da cor da sua pele ou até mesmo pela sua região de origem, por que cuidaremos do nosso patrímônio? Talvez, seja mais fácil fugir... fugir de nós mesmos."
Voltou a caminhar em direção aos Arcos.
A tarde caiu, a noite chegou. Havia sido um dia nublado e de frio, um frio gostoso para Mikael, mas, não tão gostoso assim para os padrões cariocas. Mikael nasceu no Brasil, no Rio de Janeiro, mas, foi criado em Paris por sua mãe, uma francesa. Foi para lá aos três anos de idade, após a morte de seu pai, um jogador de futebol, assassinado em circuntâncias estranhas na Mangueira. Desesperada e desiludida, sua mãe decidiu voltar à sua Terra Natal e levou consigo seu único filho, a lembrança viva dos anos maravilhosos que passou no Brasil. Mesmo assim, fez questão de aproximar Mikael de seu país.
Quando o menino completou 7 anos, contratou uma professora particular de Língua Portuguesa. Quando ele completou 13 anos, fez questão de dar de presente ao filho a primeira visita à sua Terra Natal. Andava com o menino pela mão, mostrando todas as belezas, todos os recantos da Cidade Maravilhosa
Aos 20,Mikael veio sozinho ao Rio de Janeiro. E, aos 27 anos de idade, após a morte de sua mãe na França, decidiu vir morar na sua cidade natal. Já estava com 35 anos e, a esta altura da vida, sentia como se sempre tivesse morado na cidade em que nasceu. Era chamado de gringo por muitos, não perdia o sotaque francês, mas, para ele, tudo isto era irrelevante, pois, ele era carioca, era brasileiro. E gostava, orgulhava-se disso.
Continuou andando por aquele pedaço da Lapa, em direção aos Arcos, olhou para o céu, viu nuvens. Provavelmente, choveria logo em seguida. E pensou: "- Vou para casa, antes que comece a chover."
Dirigiu-se à esquina da Rua Gomes Freire com a Rua do Riachuelo a fim de pegar uma kombi e recolher-se em seu apartamento, em Santa Tereza. Porém, quando estava bem próximo aos Arcos, olhou para o bondinho que por ali passava. Repentinamente, surgiu de trás dos Arcos um homem... um homem com asas, um homem negro, forte que passou pelo Arcos voando e sumiu.
Desde então, não conseguiu parar de ver aquela imagem em sua frente.
Chegou em casa, tomou um banho, fez uma rápida refeição e foi para seu quarto. Deitou-se, ligou a televisão, mas, não conseguiu concentrar-se. Desligou a tv, deitou-se e tentou dormir... o que não demorou muito a acontecer.
Rapidamente sonhou. No sonho, estava em uma praia linda, paradisíaca, como nunca vira antes. Nesta praia, a água era calma. Atrás das dunas, uma pequena floresta. Em um determinado recanto da praia, uma falésia enorme. O sol brilhava como nunca. Continuou ali, olhando para o mar e, de repente, viu uma sereia ao longe, em alto mar sair da água e rapidamente mergulhar novamente. Olhou para a falésia e viu... o anjo negro que havia visto nos Arcos da Lapa, em pé, com suas asas eretas e reluzentemente brancas, com uma espada na mão direita e um machado de duas faces na mão esquerda. Nâo conseguia parar de olhar para o anjo. O anjo fixava, mesmo à distância, seu olhar no fundo dos olhos de Mikael. Isto, fez com que ele sentisse-se como uma criança, como um bebê.
Acordou assustado, no meio da noite, com a garganta seca. Foi à cozinha, bebeu água, voltou para a cama. Ficou pensativo, não sabia o que estava acontecendo. Naquela noite não conseguiu mais dormir.

Continua...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

KAWO KABIECILE!!!!

Hoje, é um dia muito especial! Por muito tempo, esperei pelo post neste blog desta amiga, irmã, alguém muito especial: Tatiana de Iemanjá. Estudiosa da Umbanda, nossa religião Divina e Sagrada, reproduzo aqui a descrição dela por ela própria: "Iniciada na Umbanda pela Mãe Carmem da Iara das Matas há 10 anos, Cacique de Umbanda há 2 anos, filha de Iemanjá e Ogum Beira Mar, apaixonada por essa linda religião, empenhada em levar a Bandeira de Oxalá para todos os irmãos. Uma filha de fé no mundo de Nosso Senhor..."

SARAVÁ!!!!

PRA QUEM ACREDITA, TUDO É MILAGRE!


Kaô Cabelecile!
Saudando o meu Padrinho, inicio a minha primeira contribuição neste espaço tão bonito que (será coincidência?) é moderado por um filho de Xangô! Uma pessoa, um amigo, um irmão especial. Saravá, mano André! Obrigada!
Mas, vamos ao assunto. EU ACREDITO EM MILAGRES!...
Era um sonho, realizável, é verdade! Dependia de: inciativa, esforço, auto-estima. E do "cavalo*" acreditar em si mesmo! Claro que a fé nos seus Guias Espirituais fazia toda a diferença. Pediu ajuda, aconselhou-se, o Padrinho respondia, Pai Xangô: Senhor das Escrituras, Juiz, executor e conhecedor das Leis Divinas.
Orixá Xangô: Aganju, Agodô, o Deus Negro, Rei de Oyó, Senhor dos Trovões, da Machada que corta impiedosamente a injustiça, da Balança que equilibra, que pesa e executa conforme a Lei. No sincretismo é São João - que batizou Jesus, é São Miguel - Anjo que pesa as almas, é São Jerônimo - o escritor das Leis. Na Umbanda é Xangô do Fogo, das Matas, na força dos Caboclos, vibrando na Linha do Orixá, é Pai Xangô das Sete Cachoeiras, o meu Padrinho!
E a promessa foi feita: um Amalá bem caprichado. Amalá agrada Xangô! E o pedido foi atendido, e não é só isso... a alegria de manifestar, trabalhar... Só um médium pra entender a alegria no coração quando nos é permitido o contato com nossos Guias, Pais, Mães... nossos Amigos Espirituais!
E a mensagem que Ele deixa é que a fé, a certeza, a verdade e o amor no coração fazem toda a diferença!
E foi isso que fiz e faço! Não basta acreditar em milagres, é preciso contribuir para o milagre acontecer, uma maneira de expressar isso é a troca de Axés, a idéia de com carinho dedicado ao Sagrado, se faz um agrado, comida saborosa, Amalá, velas, Cerveja Preta... que revela o segredo: agrade para ser agradado! Afinal, é dando que se recebe, a semeadura é livre e a colheita é obrigatória.
E foi Pai Xangô quem me mostrou isto, na minha fé, na sua justiça de julgamento, aprender a agradecer pelo sofrimento que tanto nos ensina... mas isso fica para um próximo post!
Por hora fico por aqui...
Saudando nosso Pai Xangô, pedindo sempre sua verdade e justiça em nossas vidas, aprendendo nós mesmos a perdoar para sermos perdoados, compreender para sermos compreendidos, atitudes simples aos olhos de nossos Guias de Luz, Mensageiros de Oxalá, mas, que na nossa imperfeição humana, torna-se um aprendizado constante e muitas vezes dolorido, mas, extremamente necessário para os planos de nosso Pai Maior, de que, nós enquanto filhos feitos à Sua imagem e semelhança, também evoluirmos e dessa forma sejamos merecedores de bons agrados, alguns "milagres" que fazem com que nossos sonhos se realizem, e nos dão alegrias e forças para seguirmos trabalhando para o bem, semeando amor e colhendo paz!

Saravá Xangô!
Odoiá Minha Mãe, Ogunhê Meu Pai!
Saravá Umbanda Universal!

sábado, 3 de outubro de 2009

NA MATA VIRGEM



KAWO KABIECILE!!!!

Hoje, reproduzimos texto que recebi por email, de autoria de Rodrigo Queiroz. Chama-se, "Na Mata Virgem". Um lindo texto Umbandista! Vale a pena ler.


" - Venha filho, vamos caminhar!
Assim anunciou o velho Pajé, balançando um maracá*. Quando dei-me por conta, estava em meio a uma clareira em plena mata virgem. Árvores frondosas, maravilhosas, raramente vistas no plano físico da vida. Ele conduziu-me a uma estreita trilha.

- Filho, vamos para uma experiência importante, é necessário que não dê tanta importância à beleza do lugar, mas, sim, apure seus sentidos: visão, olfato, tato, paladar e serenidade. Perceba a textura do chão no seu pé, a leveza das folhas em suas mãos, o cheiro das ervas e a brisa fresca a acarinhar sua face.
- Posso sentir o gosto de seiva na boca, Pajé!
- É sinal de que já está próximo do que quero, filho. Respire fundo e feche os olhos.
- Pajé, posso enxergar com olhos fechados!- exclamei emocionado.
- O que vê, filho?
- Vejo troncos de luz, silfos, salamandras, folhas irradiantes.
- Lentamente... abra os olhos.
- Sim.
- Continua vendo?
- Nitidamente, Pajé.
- O que vê, filho, é a vida neste reino natural, tão mal percebida pelos encarnados e, infelizmente, entre os próprios fiéis do culto à Natureza.
- Umbanda?
- Sim. Apure sua visão e perceba que é possível ver a seiva circular dentro das árvores, escutar o coração bater no peito dos pássaros e experienciar a presença dos entes invisíveis ao olho material, que são eles: os duendes, gnomos, fadas, silfos, ninfas e tanto mais.
- Quanta beleza, Pajé!
- Quanta vida, filho, quanta vida!
- Sim, pulsante...
- Agora, acompanhe-me.
Nos dirigimos a outra clareira, lá havia muitas pessoas vestidas de branco, colares, atabaques e muitas frutas. Logo notei que tratava-se de um terreiro pronto a iniciar uma atividade. Curioso, fiquei a observar atentamente, encantado com o toque harmônico da corimba e os raios de luz que espargiam no ambiente em direção aos presentes, a cada batida das mãos no couro.
Alguns outros organizavam-se para, no meio da roda, depositar oferendas. Muitas frutas, velas, incensos, bebidas. Eu conseguia visualizar a luminosidade áurica de cada um em cores e tons das mais variadas.
- Filho, este grupo de cultuadores da Natureza Divina está realizando um culto de exaltação ao Senhor das Matas.
- Pai Oxossi?
- Sim. E, para tanto, é comum postar oferendas em seu louvor. Na Umbanda, recorremos ao uso da Natureza, como frutas, bebidas, incenso etc, dispensando qualquer uso de imolação de animais.
- Sei, Pajé. Compreendo e tenho para mim que é o correto. Só que, muitos que cruzam o culto de Umbanda com o africano recorrem à práticas da imolação.
- Sim, filho, porém, não vamos acessar este assunto no momento, vamos nos ater a esta liturgia de hoje e colher as impressões pertinentes.
- Sim, Senhor.
Ele, calado, sacudia seu maracá e eu, observando tudo, vi que as frutas emitiam luzes. Quando cortadas, era como se abrisse uma caixa de luz, que de dentro de um clarão escapava e, por alguns minutos, ficava ali a iluminar, criando um campo de luz e energia indescritível. Quando a corimba acelerou o toque, vi um portal abrir-se na frente da oferenda e dezenas de Caboclos, Caboclas e Encantados saíram, abraçaram todos os presentes. Dançavam e cantavam. Realmente, era uma festa, uma exaltação. Finalmente, entoaram o ponto:
"As matas estavam escuras e um anjo a iluminou. E no centro da mata virgem, foi Oxossi quem chegou. Mas, ele é o rei, é o rei, é o rei..."
As folhas no chão começaram a voar e as entidades presentes, em reverência, batiam a cabeça ao chão, quando, como que numa explosão, uma luz cegante fez-se presente. Era um emissário do Sr. Oxossi, sua luz verde era tão intensa que não pude manter-me com a cabeça levantada. Os Caboclos ajoelhados bradavam em reverência e louvor, do lado físico alguns médiuns entravam em transe energética e a corimba acelerava o toque. Poucos segundos passados, a explosão novamente ocorreu e Oxossi recolheu-se. Na oferenda, a luz era mais intensa.
Com os médiuns ajoelhados, em oração, as entidades estendiam as mãos em direção à oferenda e o inusitado acontecia: dos elementos, saía uma substância esverdeada, parecendo uma massa elástica que eles moldavam e iam aplicando nos fiéis presentes. Rapidamente, era absorvido pelos chackras e a luminosidade do corpo áurico deles era modificada. Por alguns minutos, este procedimento ocorreu e as entidades recolheram-se de volta ao portal.
- Viu, filho? Nenhuma entidade comeu as frutas.
- Mas, eles não precisam comer para ficarem tratados?
- Não, filho. Compreenda que somos de uma dimensão bem mais sutil que a de vocês e, se nos aventurássemos a ingerir o prana** dos vegetais do plano físico, nos traria um grande desarranjo energético. Quando precisamos nos "alimentar", encontramos o mesmo em nossa esfera e não na de vocês.
- Entendo.
- Entenda também, que fora a liturgia religiosa, a necessidade de oferendas é vossa que, quando encarnados, perderam a capacidade de extrair o prana da natureza e recorrem a esta prática para que nós, os mentores, vos auxiliemos na extração e aplicação do prana em vocês mesmos.
- Para quê?
- A fim de sutilizar vossas energias, equilibrar os chackras, curar doenças e muito mais. Também guardamos para que os médiuns usem nos atendimentos.
- Pajé, de onde tiram tantas teorias que só ajudam a complicar a compreensão?
- Talvez, das observações limitadas ao próprio conhecimento. Ruim, é quando saem do bom senso e fundamentam suas teorias no absurdo.
- Podemos fazer sempre oferendas?
- Sim, quando e onde bem entenderem. E lá, um de nós estará a auxiliar na extração do prana.
- Incrível!
- Agora vamos, filho. Logo em breve, retomaremos esta prosa para aprodundamentos práticos. Aproveite e vamos ensinar estas práticas.
Acordei após estas palavras. Poderia ser um sonho... quero como uma revelação."

SARAVÁ!!!!

* Um maracá é um chocalho indígena, utilizado em festas, cerimônias religiosas e guerreiras, que consiste em uma cabaça seca, desprovida de miolo, na qual coloca-se pedras ou caroços. Também chamado de bapo, maracaxá e xuatê. Está presente em várias manifestações culturais brasileiras, como o Catimbó e em cerimônias de religiões afro-brasileiras que receberam influências indígenas, como no Candomblé de Caboclo e na Umbanda.

** Pranas (em sânscrito: sopro de vida): denota as energias vitais que permeiam o cosmos e o corpo humano. Segundo a Teosofia, existem ao todo cinco pranas: samana, vyana, prana, apana e udana.


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

JARDIM DAS FOLHAS SAGRADAS


KAWO KABIECILE!!!!

Hoje, abrimos este blog a fim de recomendar a todos que visitem o site do filme JARDIM DAS FOLHAS SAGRADAS (no site, pode-se ver o trailer desta obra).
O endereço é http://www.jardimdasfolhassagradas.com/

"O filme retrata o dilema de Bonfim, filho de uma yalorixá, que precisa abandonar a profissão e mudar radicalmente a vida para criar um terreiro de candomblé. Afastado das tradições da religião, Bonfim questiona fundamentos como o sacrifîcio, e sofre as consequências destes enfrentamentos. Um filme que fala de obediência, amor, desprezo, amizade e traição.
Está em fase de finalização. A previsão de lançamento é para o segundo semestre de 2009."

E, enfrentando as barreiras naturais para quem faz cinema neste país, este filme precisa da força de todos para sua divulgação. Enviem este link a quem puderem.


SARAVÁ!!!!