Caminhando, ora sob o sol escaldante, ora sob uma
tempestade, ora sob o céu minado de estrelas de uma noite enluarada, ora
aquecendo-se à frente da fogueira na madrugada fria, ora deitando-se à grama a
fim de curar seus campos vibratórios, ora ingerindo um copo de água para
purificar-se e renascer para o restante da sua jornada, ora elevando um cristal límpido à sua testa, a fim
de se reenergizar e se magnetizar, ora usando da energia das pedras para
restituir-se por completo, ora pisando descalço na terra, para estabilizar-se e
transmutar seu todo espiritual e físico.
Assim o Mago vai criando elos com a Natureza Mãe,
manifestadora dos Poderes do Pai Criador. E a cada ligação estabelecida, a cada
iniciação absorvida em seu íntimo, em cada trabalho contributivo para a
Evolução do Todo, percebe, sutilmente e a cada momento, que não há apenas uma
tarefa a ser executada e que sua função na Criação é estratégica, pois é a de
trabalhar pela manutenção do equilíbrio Nela.
Se estes elos, estas ligações, o dotam de uma
responsabilidade ímpar, então, deve o Mago estar consciente de que a inversão
destas polaridades (trocando em miúdos: das suas responsabilidades), criarão “elos
invertidos”, ligando-o aos polos negativos da Criação.
E, se até então, trabalhava pela manutenção do equilíbrio,
passa, a partir deste momento, a manifestar o vício do desequilíbrio e,
consciencialmente desequilibrado, manterá em si a obsessão em destruir tudo o
que é construído pelo Pai Criador.
Se os elos de um Mago podem e devem ser positivos, não
devemos fechar os olhos para a possibilidade da negativação dos mesmos.
E é neste ponto que ligamos os elos aos duelos externos,
ou seja, à luta diária de um mago para tudo o que, ao seu redor, trabalhará
para desequilibrá-lo, cansá-lo, derrubá-lo e fazê-lo desistir da caminhada. É
neste ponto que, também, ligamos os elos aos duelos internos, pessoais e
íntimos do Mago.
Por que, se há forças externas impeditivas, tentando
incansavelmente e o tempo inteiro suprimir este servidor de Deus, há, também e
inegavelmente, forças internas trabalhando da mesma forma.
Durante sua longa jornada, o Mago teve em si, altos e
baixos. Caminhou sob tempestades, nevascas, mas também sob belas noites
estreladas e sob dias de sol brilhante. E o que parece uma dicotomia, nada mais é do que algo
simples de se definir: “caminho evolutivo”.
A Evolução de um Ser Humano e, por consequência, de um
Mago, deve ser vista com mais naturalidade e menos sensacionalismo, penso eu!
Costumamos alardear e criticar os supostos erros alheios.
Digo “supostos”, por que são sempre ERROS nos outros e pequenas falhas (quando
reconhecidas) em nós.
As quedas conscienciais do ser humano, nada mais são do
que parte do aprendizado, matéria prevista no programa de ensino da Escola da
Vida.
Muitos não compreenderão isto. Podem querer alguns apedrejar-me, até, mas, é preciso que
acordemos para esta realidade, que é a de que todos nós aprendemos e crescemos
com os erros e, fundamentalmente, quando quedamos.
Aposto que se nunca caíssemos, com certeza, nunca
sairíamos do lugar e, com mais certeza ainda, não teríamos chegado onde estamos
agora.
Sim, caros irmãos e irmãs, todos nós já estamos muito distantes do ponto de partida! E ainda estamos bem longe do ponto de chegada!
Fiz esta pequena observação, para que nos coloquemos
todos no mesmo ponto, na mesma condição.
Voltando à caminhada do Mago, posso dizer que minhas
avaliações e estudos têm me levado a concluir que este, como mais um servidor
da Criação (nem mais, nem menos importante do que qualquer outra função serva
de Deus), está talhado com as intemperes, com os erros, mas também está
preparado (e preparando-se constantemente), para estender a mão a qualquer
irmão, ou grupos de irmãos, auxiliando no seu reequilíbrio, quando necessário e
contribuindo para seu redirecionamento na caminhada.
Mago não é aquele que aprende algumas fórmulas mágicas ou
a manipular elementos. E sim é aquele
que se entrega, de braços abertos, à Deus, à Mãe Natureza, às Divindades
Manifestadoras do Todo e aos Mestres condutores e guias das jornadas
evolutivas.
É aquele que, quando se entrega, abdica de prazeres e
ilusões, pondo-se aos pés do Criador, como seu servo. É aquele que passa pelas
iniciações e, a cada uma, sente visivelmente em si, que subiu mais um degrau na
escada evolutiva.
Os elos de um Mago
podem, como já citei, fazê-lo duelar contra agentes externos ou internos,
impeditivos da sua caminhada. Mas também podem ser Elos com o Alto que o
fortalecerão para o duelo contra tudo e todos que se opõem a Ele, o nosso Pai Criador.
E que nós, Magos amparados pela Magia Divina, atinjamos este
grau citado no parágrafo anterior.
Que reflitamos sempre, o tempo inteiro, acerca da nossa
missão e função. E que nos perguntemos, constantemente: “O que quer de mim, o
meu Criador?”
Que Deus abençoe a todos!
Estudar e preciso! Viver não e preciso............
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