Segundo o Mestre Rubens Saraceni, as Divindades que atuam
nas religiões, o fazem a partir da Fé, o primeiro Sentido da Vida, enquanto as
que atuam na magia, o fazem a partir da Evolução, o sexto Sentido da Vida.
Por vias diferentes, buscam a mesma finalidade, que é a
de nos direcionar em nossa caminhada evolutiva para o destino que nos foi
designado por Deus.
Parece simples e simples é, até que nós, os humanos,
coloquemos nossas “abençoadas” mãos nas situações e comecemos a desvirtuar todo
um plano divino, onde fomos colocados como “pontas” fundamentais para a ligação
deste planejamento maior com o mundo material onde vivemos.
Mas, como nem tudo é tragédia (graças à Deus!), há também
muitos e bons casos de pessoas que estão seguindo à risca o plano divino, ou
seja, trazendo ao plano material o que foi designado pelo Alto, a partir do
nosso Criador Amado, passou por suas Divindades Manifestadoras de Poderes (os
Sagrados Orixás), foi entregue aos
Mestres e Guias da Luz e incumbido a nós, os encarnados, que recebemos como
missão a disseminação do Verbo Divino aqui no plano material.
E, neste momento, passo a falar especificamente aos
umbandistas.
Sabemos que toda e qualquer religião faz parte do Plano
Maior de Deus. Cada uma tem uma função específica aqui no plano material, mas,
todas, são “atalhos” evolutivos para que nos religuemos à Ele.
A nossa Sagrada e Amada Umbanda não é diferente, portanto, nem melhor, nem
pior do que qualquer outra religião estabelecida no plano material da vida humana.
Mas tem suas próprias características. E isto a torna
única, assim como as outras.
Não devemos confundir as influências desta religião que
ainda engatinha na história da humanidade com identidade.
Se você, por exemplo, carrega semelhanças em traços
físicos com seu pai ou sua mãe, isto não significa que deverá, então, ter o
mesmo número de identidade, CPF, título de eleitor de um deles, não é mesmo?
Então, trazendo isto para a nossa realidade religiosa,
devemos concluir que, se a Umbanda teve as suas influências (como todas as
outras religiões estabelecidas atualmente no mundo as tiveram), por outro lado,
teve e tem suas próprias características, seus preceitos, ritos, gênese,
teologia, teogonia e cosmogonia.
A Umbanda é uma religião mágica por essência e natureza.
Por que movimenta em suas práticas e ritualísticas os Mistérios Divinos, as
essências que formam a Natureza Mãe e por que cultua as Divinas Hierarquias
Naturais pontificadas pelos nossos amados e amadas Pais e Mães Orixás.
Tudo isso eu escrevi até aqui, para dizer que na Umbanda,
religiosidade, fé e magia, se amalgamam num único ritual.
E o ser que adentra um templo umbandista, numa realidade
urbana, se sentirá num ponto de forças da natureza.
Por que assim é nossa religião. Se, as religiões como
citei no início deste texto, atuam em nossas vidas pelo Sentido da Fé, o
primeiro, e a Magia atua pelo Sentido da Evolução, o sexto, ouso dizer neste
meu comentário, que a Umbanda combina isso tudo, fazendo as duas coisas ao
mesmo tempo.
A Sagrada Religião Umbandista une Fé, Amor, Conhecimento,
Justiça, Lei, Evolução e Geração, a partir da Fé, Transmutando os seres pela
Evolução.
A Religião de Umbanda Sagrada é Magia pela Fé e é Fé pela
Magia.
Sem Fé não damos o primeiro passo em nada em nossas
vidas. E a magia umbandista é o recurso divino colocado à disposição dos fieis,
adeptos e simpatizantes dessa religião para que se purifiquem, equilibrem e
caminhem com as suas próprias pernas.
Se você procura um templo umbandista a fim de tê-lo como
muleta, de que ele resolva seus problemas, aconselho a dar meia volta e nem
adentrá-lo.
Mas se você procura um templo umbandista a fim de
encontrar a força que habita seu íntimo, a Essência Divina que o move e, muitas
vezes, não consegue perceber, então, adentre-o e seja bem vindo.
Magia pela Fé, ou, Magia Branca, como muitos costumam
definir, deve ser única e somente um recurso estimulador para que os seres
caminhem por si só. Deve purificar, equilibrar, ordenar e abrir caminhos.
Nunca deve interferir no livre arbítrio de quem quer que
seja.
Por que a Umbanda, assim como toda a religião, é um
recurso da Lei Divina. Aqui, no plano material, se um agente ou instituição
ligado à lei humana corromper-se, atuar contra a lei, estará pulando para o
lado criminoso da sociedade, não é mesmo?
Pois bem, todo o templo religioso que infringe ou agride
à Lei Divina, está passando para o lado contrário à ela. Estaremos, neste caso,
diante de um exemplo de corrupção espiritual ou religiosa, como queira definir.
Conversas que tive, nos últimos tempos e recentemente,
com algumas pessoas, me moveram a escrever este texto.
Há, infelizmente, por aí, ambientes de práticas dúbias e
duvidosas, usando o nome da Umbanda para atrair pessoas.
Parafraseando meu Mestre em Teologia, Alexandre Cumino:
“Umbanda é religião, por isso só pratica o bem”.
Colocar à frente de uma casa o nome da Umbanda ou de
qualquer outra religião é bem fácil.
Porém, não tão fácil assim, é ter o amparo dos Senhores
Mentores, Orientadores da religião umbandista, que são Senhores Mestres da Luz,
tampouco dos Senhores Maiores desta religião, os Sagrados Orixás.
Meu intuito com este texto é provocar em você uma
profunda reflexão.
Como você tem lidado com a Umbanda? Como a pratica? Como
tem sido a sua doação à Deus através da Umbanda?
Sugiro que busque sempre informações, estude, pois, como
escrevi em outra oportunidade, devemos estudar a Umbanda a partir da observação
profunda de tudo o que vemos nos rituais, amparados sempre pelas obras trazidas
ao plano material pelos Mestres Dirigentes da nossa religião no astral.
Reflita... e nunca se esqueça que Umbanda é Magia pela
Fé, através da Fé, a partir da Fé, para que trilhemos de forma pura os Caminhos
da Evolução.
Saravá
Umbanda!!!!!!!