quarta-feira, 19 de maio de 2010

EVOLUÇÃO EM FAMÍLIA

KAWO KABIECILE!!!!


Quando falamos em evolução, normalmente, pensamos no progresso material, em ganhar mais dinheiro, fazer boas viagens, adquirir bens, comprar um carro novo, comprar uma boa casa.
Mas, a questão que coloco aqui hoje é a seguinte: devemos sim almejar crescimento material. Não devemos nos acomodar em hipótese alguma. O ser humano acomodado passa pela vida praticamente sem perceber que nela está. O ser humano inquieto, ávido por mudanças, este evolui (ao menos, materialmente).
Porém, deixo aqui um questionamento: será que não estamos invertendo a pirâmide? Será que não estamos, erroneamente, colocando a cabeça no lugar dos pés e vice-versa? Será que a evolução material não está adquirindo importância demasiada?
Vejo, cada vez mais, pessoas almejando sucesso e dinheiro. Geralmente, a boa desculpa é: "preciso deixar meus filhos bem." E, muitas vezes, até conseguem tal objetivo no que se refere a bens materiais.
Muitos desses que lutam e batalham tanto honestamente para que seus filhos não passem por dificuldades (pelas quais muitos desses sujeitos passaram), acabam esquecendo, no decorrer desta jornada, de direcionarem seus olhares para estas crianças, estes jovens.
E não percebem, em muitos casos, que no âmago do lar há uma criança, um adolescente ou um jovem solitário, carente, com muitos colegas, parceiros, mas, muitas vezes, sem amigo algum.
E aquela ou aquele que poderia/deveria ser seu mais leal amigo(a) está muito ocupado em adquirir bens, ganhar dinheiro, pagar os cursos de idiomas, a academia, a natação.
Em alguns casos, quando estes jovens desvirtuam-se para as drogas ou até mesmo para a criminalidade, estes sujeitos não compreendem o porque de tal acontecimento e sempre fazem a clássica pergunta: "onde foi que eu errei?".
Com certeza, o erro ocorre na falta de atenção, de carinho, de diálogo, de cumplicidade com seu filho ou filha, "porque estava sem tempo, tinha que trabalhar".
Muitas vezes, exemplos que não os melhores, corroboram para tal acontecimento. Um pai agressivo, uma mãe incompreensiva, intolerante, em muito contribuem (mesmo que involuntariamente) para a degradação de alguns jovens e, consequentemente, da estrutura familiar.
É bem comum ouvir de um pai ou uma mãe o questionamento de por que seu filho ou filha caiu no vício (de drogas ilícitas, álcool, jogo etc), estando o mesmo(a) com um cigarro na mão, um copo de cerveja ao lado. Dizem que o cigarro ou a bebida são seus companheiros, que nunca os abandonam. E não compreendem o vício de seu filho, de sua filha. Nâo conseguem enxergar que nós, seres humanos, enclausurados na vaidade, acabamos nos isolando de nós mesmos, de Deus e de nossos semelhantes e então, numa desesperada e constante luta anti-solidão, buscamos a tão almejada parceria em algum tipo de vício (seja ele qual for).
Todo este "rodeio", em um texto que pretende falar de evolução, tem sentido quando concordamos que a família é a base de tudo em nossa sociedade. Então, se a família está desestruturada, como atingir a real e mais importante evolução, que é a espiritual? Como evoluiremos sem paz de espírito, sem harmonia no lar?
O primeiro passo é a humildade. Com humildade, o pai e a mãe reconhecem que seus filhos têm os mesmos anseios que tiveram em suas adolescências/juventudes.
Banhados em humildade, pais, mães e filhos, de braços dados, resolverão todas as questões, caminhando juntos rumo à verdadeira evolução.

No dia em que pais e mães, reconhecerem-se muito mais como geradores destas vidas, responsáveis pelos primeiros passos destas pessoas em suas jornadas e menos como autoridades, déspotas, donos das vidas de seus filhos e filhas, no dia em que os pais e as mães, humildemente, reconhecerem que também podem aprender com as crianças e jovens que geraram, estarão dando o primeiro passo para uma evolução não traumática (aquela que ocorre aos trancos e barrancos).
Caminharão, pais, mães, filhos e filhas, com paz de espírito, "rumo às estrelas".

SARAVÁ!!!!

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