Aganju é um orixá relacionado com Xangô, Oxum e Iansã.
Segundo a tradição de Oyó, Aganju é sobrinho de Xangô e filho de Dadá Ajacá, alafim deposto pelo irmão. Quando Xangô caiu, Dadá Ajacá voltou à Oyó e reassumiu como o quarto alafim de Oyó. Após sua morte, o trono foi herdado por Aganju, quinto alafim de Oyó e neto de Oraniã.
Nos mitos, Aganju é às vezes tratado como uma divindade primordial, associado à terra (em oposição à água) e às montanhas e vulcões.
No Brasil, Aganju, ou Xangô Aganju é considerado uma "qualidade" de Xangô enquanto dono das leis e das escritas e padroeiro dos intelectuais, em contraste com Xangô Agodô (o Xangô mais velho, ou o Xangô propriamente dito), que é principalmente o Orixá da justiça e do equilíbrio. É sincretizado com São José (festa em 19 de março) ou São Miguel Arcanjo (festa em 29 de setembro).
"Xangô Aganju" também representa Xangô como orixá do ar e em sua relação com a mãe Iemanjá, que por ele teria sido violentada, dando origem aos Ibejis. Nesta concepção, se misturam o conceito africano de Aganju como orixá da terra e o do seu filho Orungã, o ar, que teria violentado Iemanjá e dado origem a vários outros orixás.
Na santería de Cuba, Aganyú ou Aganyú Solá é tido como pai de Xangô e identificado com São Cristóvão. Seus colares são marrons e suas roupas, vermelhas-escuras. Seus filhos são homens poderosos e violentos, que facilmente se enfurecem, mas são desarmados pela ternura. São amigáveis para com as crianças e vítimas de mulheres de aparência frágil,que sabem como tirar vantagens deles.
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