A Umbanda é uma escola evolutiva. E como tal, nos ensina
que somos trabalhadores de Olorum, em
sua Obra, que é a Criação manifestada.
Como trabalhadores devemos nos portar e dessa condição
conscientizarmo-nos.
Operários que somos, devemos internalizar em nossos
íntimos que temos uma labuta diária na construção desta escola que visa
cristalizar em meio à humanidade ensinamentos acerca da Criação. Ensinamentos
estes que sempre trarão algum ponto que nos tocará e nos fará compreender que
nada somos sem Ele, nada somos sozinhos, mas tudo somos quando entrelaçamos
nossos braços e formamos o Todo em harmonia.
O Todo é Olorum, nosso Criador.
Imagine, por
exemplo, se suas células resolvessem apartar-se, seguindo individualmente seus
processos evolutivos. O todo daquele corpo material, que foi um dia você,
deixaria de existir. E as células, solitárias, não conseguiriam produzir ou
reproduzir o que o corpo que um dia foi você outrora conseguira.
Então, podemos agora chegar a conclusão de que Olorum,
primeiramente, assim como os Sagrados Orixás, os Mestres da Luz e nossos Guias
Espirituais, pensaram, formataram e estão executando, uma via de evolução que
nos mostra que somente o Conhecimento liberta. E este conhecimento que a tantos
incomoda, passa, inevitavelmente, pelo autoconhecimento.
Assim nos têm passado os Mestres. Você pode devorar
livros tentando decifrar a Umbanda (e, graças à Deus, hoje em dia, já há alguns
enviados pelos mestres dirigentes dessa maravilhosa escola evolutiva), mas só absorverá
os conhecimentos científicos, filosóficos, magísticos e religiosos que formam a
nossa amada religião, se já tiver buscado estudar a sua enciclopédia íntima, ou
seja, se já tiver buscado ou estiver buscando o autoconhecimento.
Autoconhecimento este que condiz em buscar Deus,
inicialmente, onde Ele está, em seu próprio interior.
A caminhada rumo ao íntimo nos faz perceber que muito do
que está do lado de fora é instrumento alimentador da ilusão.
E é justamente a ilusão, o mais competente instrumento
dos agentes impeditivos da Evolução de cada um e do Todo. Isto nos foi dito,
outrora, por um Mestre da Luz.
Com uma dose razoável de autoconhecimento, então, o
operário de Umbanda poderá voltar aos livros e receber deles os ensinamentos
necessários.
O autoconhecimento faz com que nos dispamos do terno da
arrogância (que nos leva a passos largos à ignorância) e vistamos o macacão da
humildade.
Esta roupa nos dará a medida certa
para o trabalho na Umbanda.
Em detrimento deste terno que nos limita os movimentos e
nos faz empinar o nariz, troquemo-lo pelo confortável macacão.
Assumamo-nos como
operários (sacerdotes, médiuns, cambonos) e trabalhemos juntos.
O macacão nos conduzirá pela trilha da humildade. Trilha
esta que nos mostrará que todo aquele que, dentro da Umbanda, trabalhar em prol
da Fé com Amor, estará correto, à sua forma. E, se de algum modo, buscar o
Conhecimento, poderá trilhar a passos
largos na busca do saber evolutivo, por que, com Equilíbrio, Ordenação,
Decantará tudo o que atrapalha sua jornada e seu trabalho, Transmutará, Criando
e Gerando, a partir de então, uma filial forte, cristalizada e bem estabelecida
desta maravilhosa escola evolutiva: a Umbanda.
Vamos vestir o macacão da humildade?