sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O Sonho




Era uma manhã de sol. Os pássaros cantavam, voavam alegres próximo àquela cachoeira.
Uma jovem, sentada à uma pedra, pensava e se questionava: “Por que é tão difícil conseguir tudo o que preciso? Por que as coisas para mim sempre são tão difíceis? Os meus estudos, o trabalho... Não sei o que acontece? Parece que meus amigos conseguem tudo com tanta facilidade!”.
E ouviu uma voz
- Engano seu, minha filha!
Viu, na outra extremidade do rio, uma bela mulher, penteando seus longos cabelos negros com um espelho dourado na mão. Ela falava com a jovem olhando para o espelho. E prosseguiu:
- Não é mais fácil você analisar realmente tudo o que já lhe aconteceu? Pesar o valor do seu sacrifício e o que já conquistou? Já parou para pensar que muita gente não consegue ter o que você está tendo?
A jovem retrucou:
- Mas...
Ao que foi interrompida:
- E tem mais: muitas pessoas gostariam de estar aqui e agora, fazendo o que você está fazendo. Veio até aqui para pensar e avaliar sua vida. Mais do que isso: veio aqui, minha filha, no meu Santuário, para se reenergizar. E sairá daqui fortalecida, pronta para enfrentar os novos desafios que vêm pela frente.
- Mas, quem é a senhora?
- Sou sua Mãe Oxum. Você veio aqui hoje para, também, saber disso. Para saber que, se souber valorizar tudo o que já conseguiu na vida, terá forças para seguir em frente, cumprir sua missão e conquistar o que há de mais importante: a sua evolução como ser. Agora, minha filha, acorde, tenha um bom dia e siga em frente.
A jovem acordou daquele belo sonho, tomou seu café-da-manhã transmitindo para a sua família um alto-astral que há muito tinha perdido e, daquele dia em diante, com o espírito renovado, passou a se definir como uma pessoa feliz e privilegiada.
Continuou seus estudos, seu trabalho, sentindo-se uma pessoa verdadeiramente feliz.

Mensagem enviada por Pai Cipriano do Cruzeiro das Almas
Escrita por André Cozta
Rio de Janeiro, 07 de julho de 2010- 00:34h



terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Fábula do Homem na Floresta








 Um homem andava em uma floresta. Ele estava perdido.
 Havia adentrado-a à busca de algo que ele não sabia direito o que era, mas, almejava muito (mesmo sem saber exatamente do que se tratava).
 Rodou por horas lá dentro e, invariavelmente, acabava sempre voltando ao mesmo lugar.
Quanto mais o tempo passava, mais irritado ele ficava, pois não conseguia progredir na busca da “tal coisa” que tanto desejava.
Em dado momento, deparou-se com um elefante. Ficou irritado porque aquele animal estava atravancando o seu caminho.
Mais à frente (após ter conseguido “se livrar” do elefante), encontrou macacos que pulavam das árvores, brincavam com ele. E ele, novamente, ficou irritado.
Livrou-se dos macacos.
Áquela altura, já estava possesso. Encontrou uma cobra no caminho.
Ela não queria deixá-lo passar. Conversou com ele e até conseguiu convencê-lo de que ela sabia o que ele realmente queria e que, se ele permitisse que ela se enrolasse em seu pescoço, teria como levá-lo até seu objetivo.
Cansado, confuso e sem saber direito para onde ir, acabou concordando.
Durante o trajeto, por vários momentos (sem que ele percebesse), a cobra ameaçou picar seu pescoço.
Até que, num determinado ponto da floresta, próximo a um lago, depararam-se com o Leão.
Antes que ele se manifestasse, a cobra disse:
- Meu Rei, trouxe-lhe esta presa! Ia ficar com ela para mim, mas, lembrei que poderia negociar a troca dela por todos os sapos da floresta.
O Leão, que era Rei porque era sábio, disse:
- Eu sou o Rei aqui! Não vou negociar com você!
A cobra desvencilhou-se do pescoço do homem e foi embora.
- O que você faz em meu Reino, homem?
- Estou à procura de... (pensou e silenciou)
- De quê?
- Não sei ao certo.- respondeu o homem.
- Então, dê meia volta e vá embora pelo mesmo caminho que veio.
Quando o homem virou-se, o Leão disse:
- E não se esqueça, da próxima vez, de pedir permissão para entrar. Você ficou irritado por que o elefante, os macacos estavam em seu caminho. Mas esqueceu-se de atentar que você entrou em casa alheia e atravessou o caminho deles.
O homem foi embora e não mais voltou àquela floresta.
 
Mensagem Enviada por Pai Cipriano do Cruzeiro das Almas
Escrita por André Cozta
Rio de Janeiro, 03 de julho de 2010- 01:06h

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Mestre


Caminhava sozinho naquele campo aberto, mas, tinha a nítida sensação de que estava acompanhado.
Me sentia agoniado, as coisas não andavam bem em minha vida.
Muitos me diziam diversas coisas, recomendavam-me banhos, simpatias, orações.
Algumas vezes até tentei, mas, não conseguia praticar nada daquilo com convicção.
Sempre acreditei em mim, na minha força.
Na minha visão, dependia de mim somente.
Ao final da trilha que seguia naquele campo, comecei a ter a sensação de que me aproximava do sol.
Era como se o sol estivesse descendo ao meu encontro e eu caminhasse ao encontro dele.
E o mais estranho, é que quanto mais eu caminhava, mais do sol eu me aproximava. Seus raios me cegavam, porém, com mais convicção de para onde estava indo eu ficava.
Em um determinado momento, a luz do sol não permitiu que eu enxergasse mais nada à minha frente, porém, continuava a caminhar firme, com força e certeza de que estava indo para o “meu lugar”.
De repente, surgiu de trás dos raios solares um homem.
Vinha com uma roupa belíssima, toda branca, usava um lenço de cor violeta na cabeça, tinha barba grisalha.
Parou à minha frente e sorriu.
Senti uma sensação maravilhosa, que só sentia quando meu falecido pai sorria para mim.
Ele não moveu os lábios para falar, comunicou-se comigo telepaticamente:
“Está espantado?! Não consegue lembrar de mim?! Eu sei... é assim mesmo! E é assim que deve ser.”
Continuei em silêncio. Ele prosseguiu:
“Chegou o momento de você conhecer-se realmente. Saiba que estou aqui para mostrar-lhe o caminho que deve seguir. Você sempre acreditou em si próprio. E não estava completamente errado. Um ser humano que não acredita na sua força não vai a lugar algum, aliás, não sai do lugar. Mas, você nunca esteve sozinho. Todas as vezes que você sentiu-se perdido e não sabia de onde tirar forças, o que acontecia?”
Para meu espanto, respondi a ele telepaticamente:
“Quando eu menos esperava, tirava forças de algum lugar e reagia. Mas, era eu mesmo quem fazia isto, não era?!”
Ele respondeu:
“Com certeza! A força estava dentro de você, só que você não sabia, não conseguia encontrar algo que faz parte de você. Era como se alguém não encontrasse suas próprias mãos, desconhecesse a existência delas. E, invariavelmente, quem sempre mostrava a você o que sempre esteve debaixo do seu nariz... era eu!”
E eu perguntei:
“Mas, quem é o senhor?”
Ao que ele imediatamente, respondeu:
“Eu sou o seu Mestre! Estou ao seu lado, guiando-o há milênios! Nem sempre você me deu ouvidos. Por “obra da coincidência”, todas essas vezes você cometeu erros. Mas, eu  estava junto e sempre o reconduzia de volta ao caminho que não quis trilhar, mas que era o correto.”
“E o que o senhor está fazendo aqui?”- perguntei.
“Vim mostrar-lhe o caminho definitivo, sem volta. A partir de agora, você abraçará o que é a sua missão real. Não serão mais permitidos os recuos de outrora. Deus, Nosso Pai Maior, tem uma grande expectativa, espera muito de você. Seja um incansável soldado D’Ele.”
“E o que devo fazer?”
Ele estendeu-me a mão e disse:
“Venha comigo, siga-me e saberá tudo o que deve fazer!”
Assim o fiz. Sigo o meu Mestre até hoje e testemunho a você, que lê este depoimento, que caminho cada vez mais firme rumo à luz.
Não olho para trás, o que ficou está na memória e me serve de aprendizado.
Desejo que todos os meus irmãos em Deus assim o façam também.
Paz a todos!
Mensagem enviada por Mestre Rhady
Escrita por André Cozta 
Rio de Janeiro, 13 de julho de 2010- 01:04h