quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Umbanda: Magia Pela Fé- Por André Cozta




Segundo o Mestre Rubens Saraceni, as Divindades que atuam nas religiões, o fazem a partir da Fé, o primeiro Sentido da Vida, enquanto as que atuam na magia, o fazem a partir da Evolução, o sexto Sentido da Vida.
Por vias diferentes, buscam a mesma finalidade, que é a de nos direcionar em nossa caminhada evolutiva para o destino que nos foi designado por Deus.
Parece simples e simples é, até que nós, os humanos, coloquemos nossas “abençoadas” mãos nas situações e comecemos a desvirtuar todo um plano divino, onde fomos colocados como “pontas” fundamentais para a ligação deste planejamento maior com o mundo material onde vivemos.
Mas, como nem tudo é tragédia (graças à Deus!), há também muitos e bons casos de pessoas que estão seguindo à risca o plano divino, ou seja, trazendo ao plano material o que foi designado pelo Alto, a partir do nosso Criador Amado, passou por suas Divindades Manifestadoras de Poderes (os Sagrados Orixás),  foi entregue aos Mestres e Guias da Luz e incumbido a nós, os encarnados, que recebemos como missão a disseminação do Verbo Divino aqui no plano material.
E, neste momento, passo a falar especificamente aos umbandistas.
Sabemos que toda e qualquer religião faz parte do Plano Maior de Deus. Cada uma tem uma função específica aqui no plano material, mas, todas, são “atalhos” evolutivos para que nos religuemos à Ele.
A nossa Sagrada e Amada Umbanda  não é diferente, portanto, nem melhor, nem pior do que qualquer outra religião estabelecida no plano material da vida humana.
Mas tem suas próprias características. E isto a torna única, assim como as outras.
Não devemos confundir as influências desta religião que ainda engatinha na história da humanidade com identidade.
Se você, por exemplo, carrega semelhanças em traços físicos com seu pai ou sua mãe, isto não significa que deverá, então, ter o mesmo número de identidade, CPF, título de eleitor de um deles, não é mesmo?
Então, trazendo isto para a nossa realidade religiosa, devemos concluir que, se a Umbanda teve as suas influências (como todas as outras religiões estabelecidas atualmente no mundo as tiveram), por outro lado, teve e tem suas próprias características, seus preceitos, ritos, gênese, teologia, teogonia e cosmogonia.
A Umbanda é uma religião mágica por essência e natureza. Por que movimenta em suas práticas e ritualísticas os Mistérios Divinos, as essências que formam a Natureza Mãe e por que cultua as Divinas Hierarquias Naturais pontificadas pelos nossos amados e amadas Pais e Mães Orixás.
Tudo isso eu escrevi até aqui, para dizer que na Umbanda, religiosidade, fé e magia, se amalgamam num único ritual.
E o ser que adentra um templo umbandista, numa realidade urbana, se sentirá num ponto de forças da natureza.
Por que assim é nossa religião. Se, as religiões como citei no início deste texto, atuam em nossas vidas pelo Sentido da Fé, o primeiro, e a Magia atua pelo Sentido da Evolução, o sexto, ouso dizer neste meu comentário, que a Umbanda combina isso tudo, fazendo as duas coisas ao mesmo tempo.
A Sagrada Religião Umbandista une Fé, Amor, Conhecimento, Justiça, Lei, Evolução e Geração, a partir da Fé, Transmutando os seres pela Evolução.
A Religião de Umbanda Sagrada é Magia pela Fé e é Fé pela Magia.
Sem Fé não damos o primeiro passo em nada em nossas vidas. E a magia umbandista é o recurso divino colocado à disposição dos fieis, adeptos e simpatizantes dessa religião para que se purifiquem, equilibrem e caminhem com as suas próprias pernas.
Se você procura um templo umbandista a fim de tê-lo como muleta, de que ele resolva seus problemas, aconselho a dar meia volta e nem adentrá-lo.
Mas se você procura um templo umbandista a fim de encontrar a força que habita seu íntimo, a Essência Divina que o move e, muitas vezes, não consegue perceber, então, adentre-o e seja bem vindo.
Magia pela Fé, ou, Magia Branca, como muitos costumam definir, deve ser única e somente um recurso estimulador para que os seres caminhem por si só. Deve purificar, equilibrar, ordenar e abrir caminhos.
Nunca deve interferir no livre arbítrio de quem quer que seja.
Por que a Umbanda, assim como toda a religião, é um recurso da Lei Divina. Aqui, no plano material, se um agente ou instituição ligado à lei humana corromper-se, atuar contra a lei, estará pulando para o lado criminoso da sociedade, não é mesmo?
Pois bem, todo o templo religioso que infringe ou agride à Lei Divina, está passando para o lado contrário à ela. Estaremos, neste caso, diante de um exemplo de corrupção espiritual ou religiosa, como queira definir.
Conversas que tive, nos últimos tempos e recentemente, com algumas pessoas, me moveram a escrever este texto.
Há, infelizmente, por aí, ambientes de práticas dúbias e duvidosas, usando o nome da Umbanda para atrair pessoas.
Parafraseando meu Mestre em Teologia, Alexandre Cumino: “Umbanda é religião, por isso só pratica o bem”.
Colocar à frente de uma casa o nome da Umbanda ou de qualquer outra religião é bem fácil.
Porém, não tão fácil assim, é ter o amparo dos Senhores Mentores, Orientadores da religião umbandista, que são Senhores Mestres da Luz, tampouco dos Senhores Maiores desta religião, os Sagrados Orixás.
Meu intuito com este texto é provocar em você uma profunda reflexão.
Como você tem lidado com a Umbanda? Como a pratica? Como tem sido a sua doação à Deus através da Umbanda?
Sugiro que busque sempre informações, estude, pois, como escrevi em outra oportunidade, devemos estudar a Umbanda a partir da observação profunda de tudo o que vemos nos rituais, amparados sempre pelas obras trazidas ao plano material pelos Mestres Dirigentes da nossa religião no astral.
Reflita... e nunca se esqueça que Umbanda é Magia pela Fé, através da Fé, a partir da Fé, para que trilhemos de forma pura os Caminhos da Evolução.

Saravá Umbanda!!!!!!!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Estudo na Umbanda- Por André Cozta




Invariavelmente, vemos e ouvimos  experientes médiuns e dirigentes espirituais umbandistas (e sempre se orgulham disso) declararem que em seus trabalhos não utilizam-se do fumo (cigarros, charutos ou cachimbos) e/ou da bebida alcoólica.
Argumentam que estão “doutrinando” seus guias. Ou seja, o próprio umbandista corrobora para a tese preconceituosa de que, na nossa religião, os espíritos são atrasados.
Deixo aqui uma declaração pessoal para que você reflita: eu, André Cozta, tivesse em algum momento, em todos esses anos, percebido um arremedo de atraso que fosse, por parte dos guias espirituais umbandistas, com certeza, já não estaria mais praticando esta religião que me foi dada no berço.
Fiz esta colocação nos três primeiros parágrafos deste texto, exatamente a fim de introduzir o que pretendo abordar nele: o estudo na Umbanda.
Por que, neste primeiro século de existência da nossa religião, não foram poucos os lugares e momentos em que se apregoou o anti-estudo, alegando-se sempre que na prática tudo aprendemos.
Ora, se eu não tivesse aprendido a datilografar aos meus 14, 15 anos, aproximadamente, levaria, com certeza, uma hora ou perto disso para digitar este texto, o que faço, normalmente em, no máximo, quinze minutos. Se eu não tivesse sido alfabetizado na tenra idade, como poderia aprender a digitar, ao menos (mesmo sem cursar datilografia), sem base alguma?
Pois bem, ao longo destas minhas pouco mais de quatro décadas de vida, infelizmente, tenho visto muito disso na Umbanda. A pregação de que a prática ensina tudo. Só que, a prática sem embasamento algum, acaba distorcendo muitas coisas dentro da lida religiosa, se não todas.
Vamos parar para refletir um pouco: se eu, médium umbandista, pego um cigarro que me foi intuído pelo meu Malandro, mais a cerveja e vou para o trabalho inseguro, pouco ou nada sabendo para que aquilo serve, como deverá trabalhar o meu guia? Bloqueado, travado, com certeza! 
Porém, se eu souber, por exemplo, que o elemento fumo é estabilizador, transmutador, que está sob a irradiação da Evolução (Pai Obaluayê), que é um elemento terra-água, que, ao manipulá-lo, o guia, além de estar “defumando” o consulente, a mim mesmo e ao ambiente, está manipulando cinco dos sete elementos: vegetal (expansor), terra (transmutadora, estabilizadora), água (vivificadora, purificadora, mobilizadora) ar (ordenador e direcionador) e fogo (equilibrador, consumidor de negativismos, energizador e purificador)... como fluirá o trabalho do guia? Solto, leve e cumprirá suas devidas funções naquele tratamento.
O princípio básico de estudos na Umbanda deve ser, na minha modesta opinião, a observação. Como deve ser no estudo de qualquer ciência (a Umbanda assim é, bem como todas as religiões, que manifestam de alguma forma, a Ciência Maior, que é a Ciência Divina).
Observar, analisar, avaliar, anotar (no papel ou mentalmente) os movimentos e seus resultados.
Aliado a este movimento prático, fundamental e necessário em qualquer estudo, o umbandista deve buscar o conhecimento através dos livros já colocados à nossa disposição aqui no plano material pelos Mestres Dirigentes do Ritual de Umbanda Sagrada.
Assim, perceberá, em pouco tempo, um salto de qualidade, tanto no seu conhecimento acerca da religião, já expandido, como na sua prática, na manifestação dos seus guias espirituais.
Umbanda não é “fenomenologia”, é uma religião por que nos religa a Deus Pai através da Natureza Mãe e de suas Divinas Hierarquias (os Sagrados Orixás). E também é uma Ciência, por que nos mostra, o tempo todo, a partir da sua simplicidade, que simples é a Criação, manifestada matematicamente na Ciência Criadora de Deus Pai.
Portanto, neste texto breve, simples e escrito com o coração, quero propor a todos os irmãos e irmãs umbandistas, que ainda não acessaram a chave do conhecimento da nossa religião, que repensem sobre isso, se repensem e, através do estudo, recomecem suas caminhadas.
E que o Divino Pai Oxalá, assim como todos os Sagrados Orixás, vos iluminem sempre!


SARAVÁ!!!!!!!