sexta-feira, 29 de maio de 2009

KAWO KABIECILE!!!!

Divulgamos abaixo, mais um evento, uma roda de conversa, que ocorrerá no Rio de Janeiro, pra discutir a questão do preconceito de pele.
Este toque nos foi dado gentilmente pela minha grande amiga e irmã de batalhas, Andrea Chagas:


CRP-RJ promove roda de conversa sobre “Ser negro(a) e ser branco(a) no Brasil”

O Grupo de Trabalho Psicologia e Relações Raciais do CRP-RJ realizará, no dia 03 de junho de 2009, às 18h, a roda de conversa “Ser negro(a) e ser branco(a) no Brasil”. A atividade dá continuidade ao ciclo iniciado em 29 de abril, quando o GT debateu “Psicologia e relações raciais” (veja aqui como foi).

O evento ocorrerá na sede do CRP-RJ, localizada na Rua Delgado de Carvalho, 53, Tijuca, Rio de Janeiro. A entrada é gratuita, mas os interessados devem confirmar presença através do e-mail eventos@crprj.org.br.

Informações sobre a roda de conversa podem ser obtidas pelo e-mail eventos@crprj.org.br ou pelo telefone (21) 2139-5439. Já os interessados em contatar o GT para se inserir na discussão sobre Psicologia e relações raciais podem escrever para gtpsi.relacoesraciais@gmail.com.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

KAWO KABIECILE!!!!

Hoje estamos muito bem acompanhados neste blog! Cecília Alves (foto ao lado), é atriz carioca, negra e, nunca tendo sido exceção à regra, luta diariamente para mostrar seu valor à sociedade. Ela nos traz uma imensa contribuição. Sintetiza sua caminhada e nos presenteia, logo em seguida, com um texto lindo:

"Em 2009, completo 13 anos de Trabalho. Minha caminhada teve início no Teatro, anos depois chegou à TV e Cinema. Hoje no universo das artes, seja através dos Grupos Culturais onde trabalho, ou até dando os primeiros passos só, trilho arte escrevendo no caminho da comunicação e solidão... ÁGUAS.
Arte na nossa história, este material que ainda está em célula, pois há de existir transformação, redundante sim, mas necessária... ÁGUAS.
Obrigada a todos que compartilham do mesmo desejo, agradeço aos meus queridos mestres, professores, diretores, amigos, alunos, minha doce família e, acima de tudo, à Força Suprema que possui muitos nomes e eu chamo de Meu Pai. Todos contribuem no meu aprender, pois, estudar ARTE não tem fim... ÁGUAS."
Sim... ÁGUAS, este é o título.
Vejamos:



ÁGUAS...

Oriundo homem que se perdeu.

Respeito tem que existir, indiferentemente do que seja seguidor ou não. Mesmo sendo pouco conhecedor, possuindo estudo pequeno, assim como boa parte da maioria da nossa população... respeito.

Humano é a não aceitação do que se é, ainda mais quando sendo fruto do que é discriminado.

Perdemos nossas histórias do passado, borramos o presente, acreditando que resolveremos no futuro, e assim vamos, seres humanos envergonhados do que somos, criadores de "pré conceitos pequenos", mesquinhos homens, bobos, primários, mais desenvolvidos que os primatas, mais animais entre os seres, canibais da hera moderna, letrado, estudado estudando, com conhecimento judicial arcaico não nos enxergamos como Deuses, divindades semelhantes. Na ambição suprema queremos ser DEUS, muitos Deuses, poucos na escala conseqüente, pois não há inferiores. Base forte tem que haver. Todos somos importantes: negros, índios, misturados e coloridos, sem cor, sem raça, sem ser nada. De nada vale a pena se não enxergo dentro do meu eu. Semelhante ao Deus que vejo em mim é o que vejo em você, por isso compartilho com o meu igual ou diferente homem de finanças."Aceito-te como és", respeito e não te ignoro, pois somos fruto da mesma história marcada. Antes de nascer, teu pé foi posto na cozinha, não há motivos para teres vergonha.

Há tempos se perdeu homem, Ser Humano que sou, Eu Perdido por não aceitar- me Fruto Negro bruto... páginas como estas, escritas para mentes pensantes. O resultado vem... espero que em tempo hábil e que a continuidade seja madura, pois, o tempo de guerra não declarada é o que vivemos. Consciente... vá, oriundo Homem que antes hera perdido.

domingo, 24 de maio de 2009


KAWO KABIECILE!!!!

BRASIL- ÁFRICA...ÁFRICA -BRASIL



Estamos às vésperas da primeira Copa do Mundo em solo africano. Quem diria?
A primeira lembrança que tenho é da participação da República dos Camarões na Copa da Espanha, em 1982. Depois disso, vi a Nigéria eliminar o Brasil de uma Olimpíada e ganhar uma medalha de ouro. Pensei naquele momento: "- Será o criador vencendo a criatura?"
Em meio a ambientes racistas aqui de Porto Alegre, naquela época, este meu pensamento seria considerado um pecado mortal, digno de pena de morte. Mas, como negar a raiz africana no nosso futebol e em nossa cultura como um todo? É deste raciocínio que quero partir.
Acompanhei no último carnaval, as comemorações dos 30 anos do Olodum. Cheguei a deixar um depoimento no orkut do João Jorge Rodrigues parabenizando-o pela longevidade do trabalho. Não tem como não parabenizar o Olodum! São 30 anos de uma instituição que, com certeza, em boa parte deste tempo, deu murro em ponta de faca. Afinal, não é fácil lutar pela elevação da cultura do povo negro neste país.
Ontem, vi no Jornal Nacional, a Banda AfroReggae tocando na África do Sul. Além do orgulho pessoal, pois, passei 5 anos da minha vida nesta instituição e trabalhando diretamente com esta banda, pensei: "- Meu Pai, finalmente, lá está o AfroReggae!"
Ver os africanos dançando aquele som percussivo tão afro, mas, tão brasileiro, me fez pensar algo parecido com o que pensei na Copa de 82: "- Eis o encontro do Criador e da criatura."
Trabalhos como os do AfroReggae e do Olodum (e como tantos outros pelo Brasil afora), devem conquistar espaço na mídia cada vez mais. O negro, no Brasil, não só tem o direito de ocupar seu espaço na sociedade, como tem o dever de lutar por ele. E todo e qualquer cidadão consciente, deve contribuir, minimamente que seja, não atravancando quem trilhe este caminho e denunciando toda e qualquer atitude, todo e qualquer movimento racista.
O Brasil precisa abrir seu coração, avaliar-se honestamente, olhar para dentro de si e perguntar-se: "- Temos sidos justos, ao longo da história, com os negros de nosso país? Eu responderia: "- Tenho certeza que não." E acrescentaria: "- Tudo que é reconhecidamente bom neste país, tem mãos, pés, cabeça... corpo inteiro negro."
Mas, todos sabemos que os negros são os melhores jogadores de futebol, atletas de um modo geral, músicos e cantores. Não basta! O negro tem que conquistar seu espaço na sociedade entre médicos, advogados, jornalistas etc.
Você é a favor das cotas para negros em universidades públicas? Responda esta questão.
Eu digo: sou a favor desta e de qualquer atitude afirmativa.
Este espaço existe para este tipo de reflexão e para divulgação de toda e qualquer ação que venha a elevar a cultura negra do Brasil.

Conto com sua contribuição, sugestão ou crítica.

SARAVÁ!!!!

UMBANDA

O texto abaixo, foi retirado do site do Terreiro do Pai Maneco (www.paimaneco.org.br), de Curitiba-PR e é resultado de uma pesquisa de Lucília Guimarães e Eder Longas Garcia.

SARAVÁ!!!!


UMBANDA DO BRASIL

CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS

Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível.
Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo - Rio de Janeiro.
Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.
A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.
Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: "Amanhã estarei curado". No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.
Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita, já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita. No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói.
Chegando na Federação e convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.
Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:
"- Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?" Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou: "- Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados?"
Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?" Ele responde:
"- Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim."
O vidente ainda pergunta: "- Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?" Novamente ele responde ;"-Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei."Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.
No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 • Neves • São Gonçalo • RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita, parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas, o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:"-Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefício dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social.
A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo". Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamar-se-ia Umbanda.
O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras "- Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem nas horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai".
Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. O Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: "- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá". Após insistência dos presentes fala:"- Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo". Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:
"- Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá".
Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de"Guia de Pai Antonio".
No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram preconceituosamente definidos como loucos foram curados. A partir destes fatos, fundou-se a Corrente Astral de Umbanda.
Após algum tempo, manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.
Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:

Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia;
Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição;
Tenda Espírita Santa Bárbara;
Tenda Espírita São Pedro;
Tenda Espírita Oxalá;
Tenda Espírita São Jorge;
Tenda Espírita São Jerônimo.

As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.
Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas, a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do Amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias. Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.
Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú • RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu.
Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

EM BREVE, ESTE BLOG CONTERÁ TEXTOS DE PARCEIROS DE LUTA E IDEOLOGIA.


SARAVÁ!!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

PRA COMEÇO DE CONVERSA...


AGANJU XANGÔ/XANGÔ AGANJU
Aganju= Terra Firme, no vocabulário yorubá. É uma das 12 qualidades de Xangô... Xangô Aganju. Para os sincretistas, ele é São Miguel Arcanjo.
Diferentemente da imagem mais comum e mais conhecida de Xangô, ele não é velho, não está sentado em uma pedra com um leão ao lado. É um arcanjo jovem, mas, também, sedento por justiça.
E este blog é moderado por um filho de Aganju, dedicado a ele, inspirado por ele.
Será um espaço que falará de educação e cultura popular. E de religiosidade, afinal, nada mais entranhado na cultura do povo brasileiro do que a Umbanda, o Candomblé, a Quimbanda, o Batuque e outros tantos cultos de matriz africana.
Este blog será uma ferramenta na luta contra a intolerância religiosa, contra o preconceito (definido por tantos como preconceito racial, mas, questionado por outros tantos que afirmam só haver uma raça: a humana) de pele.
O Brasil precisa olhar pro espelho e ver-se negro, índio, mestiço. Não há como negar a contribuição destes povos na construção do nosso país e formação do nosso povo. E as ditas religiões afro-brasileiras são o carimbo comprovante de tal fenômeno.
Conto com suas sugestões, críticas e contribuições

SARAVÁ!!!!

XANGÔ, OXUM E YANSÃ...

É PRA XANGÔ- RITA RIBEIRO

http://www.youtube.com/watch?v=f4HdHlml2-A

BABÁ ALAPALÁ

http://www.youtube.com/watch?v=cXOe-aGxaSY

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ALAPALÁ AGANJU

Babá Alapalá

Composição: Gilberto Gil

Ele é meu zazi
Ele é meu zazi
Ele e Xangô, é rei, é Zazi
Aganju
Xangô
Alapalá, Alapalá
Alapalá
Xangô
Aganju

O filho perguntou pro pai
Onde é que está o meu avô
O meu avô onde é que está?
O pai perguntou pro avô
Onde é que está meu bisavô
Meu bisavô onde é que está?
Avô perguntou pro bisavô
Onde é que está tataravô
Tataravô onde é que tá?
Tataravô
Bisavô
Avô
Pai Xangô , Aganju
Virou Egum
Babá
Alapalá

Aganju
Xangô
Alapalá, Alapalá
Alapalá
Xangô
Aganju

Alapalá
Egum espírito elevado ao céu
Machado alado
Asas do anjo Aganju
Alapalá
Egum
Espírito elevado ao céu
Machado astral
Ancestral do metal
Do ferro natural
Do corpo preservado, embalsamado
Em bálsamo sagrado
Corpo eterno e nobre
De um rei nagô
Xangôôôôôôôôôôôô

Kaô Kabiecile
Xangô Daomé
AGANJU
Bebel Gilberto
Composição: Carlinhos Brown

Te esperei na lua crescer
Ví cadeira boa sentei
Espirrei na tua gripei
Por ficar ao léo resfriei

Você me agradou me acertou
Me miseravou, me aqueceu
Me rasgou a roupa e valeu
E jurou conversas de deus

Aganju
Aganju
Aganju
Aganju
Aganju
Aganju

Quem sabe a labuta quitar
Sabe o trabalho que dá
Batalhar o pão e trazer
Para a casa o sobreviver

Encontrei na rua a questão
Cem por cento a falta de chão
Vou rezar prá nunca perder
Essa estrutura que é você

Aganju
Aganju
Aganju
Aganju
Aganju
Aganju